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Erasmo Carlos faz história no Theatro Municipal


Postado em 04/07/2011

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O show que comemorou os 70 anos de idade e 50 de carreira (ou de estrada, como ele insistia em dizer ao longo do show) de Erasmo Carlos ocorrido no dia 02/07 já entrou para a história da nossa MPB.
Erasmo por si só já garantiria uma noite inesquecível no Theatro Municipal, mas quem foi ao show ainda pôde presenciar a diva Marisa Monte e o Rei Roberto Carlos em participações mais que especiais e apoiados pela jovem banda “Os Filhos da Judith”, e dos músicos Billy Brandão e Dadi. (Foto, reprodução: Roberto Filho/AgNews)

Essa formação foi responsável por transmitir o peso desejado por Erasmo em sua atual fase, motivado pelo bom e velho Rock and Roll. Versões realmente pesadas de “Quero que vá tudo pro inferno”, “É proibido fumar” e uma moderna releitura de “Negro Gato”, provaram que essas canções conseguiram sobreviver mesmo após a então longínqua Jovem Guarda.

Apesar de muitos hits terem ficado de fora do show, Erasmo não deixou de cantar clássicos de seu repertório como “Mulher (Sexo Frágil)” e “Minha Superstar”, entoadas em forma de medley, “Sentado à Beira do Caminho”, “Mesmo que Seja Eu” e “Gatinha Manhosa”, que segundo o próprio não poderá nunca deixar de ser cantada, assim como “Satisfaction” em show dos Stones, “Anna Júlia” em show dos Los Hermanos e “Detalhes”, no caso de Roberto Carlos.

Erasmo ainda emocionou os presentes com um set, onde homenageou o seu amigo Roberto Carlos, com um medley de canções românticas da dupla, com arranjos de piano e orquestra, onde a “fase motel” foi relembrada.

Do seu último disco “Rock and Roll”, Erasmo tocou “Jogo Sujo”, que abriu o espetáculo, “Chuva Ácida” e “Cover”, que fechou a apresentação divertindo a todos com as presenças dos covers de Roberto Carlos, Raul Seixas, Marylin Monroe e Elvis Presley.

Os convidados tornaram a noite ainda mais especial. Marisa Monte cantou com Erasmo a canção “Mais um na multidão” do disco “Pra Falar de Amor” e “Se você Pensa”, clássico do cancioneiro de Roberto Carlos. O Rei, por sua vez, brincou bastante com Erasmo, provocando boas risadas na plateia, antes de cantar “Parei na Contra-Mão”, “É Preciso Saber Viver”, incluindo o refrão original, muitas vezes deixado de fora das apresentações, e a improvisada “Eu Sou Terrível”, atendendo ao pedido do público no tradicional “mais um”. Inexplicavelmente ausente da apresentação, a cantora Wanderléa foi lembrada pela platéia que não parou de gritar o seu nome até que ela se levantasse e acenasse para o público.

Para sorte de quem não esteve presente no monumental Theatro Municial, o show vai virar DVD e será lançado em breve, o que eternizará para sempre esse momento histórico, mostrando o artista sempre bem-humorado, brincalhão e competente que é Erasmo Carlos.




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