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Confira a nossa entrevista com CLAUDIO PARADISE


Postado em 09/10/2015

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Por Anderson Nascimento

Ex-integrante de bandas como “Fogo no Curral”, “Capitão Caverna” e Gametas, Cláudio Paradise é uma figura de destaque no cenário alternativo do Rio de Janeiro. Em carreira solo desde o ano passado, o artista acaba de lançar o seu segundo disco solo “Disco de Novela” e, entre compromissos diversos, Paradise nos concedeu uma entrevista sobre o seu novo álbum. Confira!


GM: Cláudio Paradise, você acaba de lançar um novo álbum pouco mais de um ano após o lançamento de “Música Para Desktop”. São dez novas faixas, fale um pouco sobre o processo de composição. Todas foram escritas nesse intervalo de um ano ou tem alguns resgates no repertório?

CP: Não. Existem composições supernovas, como a faixa de abertura "Deixa A Música Entrar" e "Preciso Fugir Daqui", e músicas antigas. Há também uma releitura de "Romance Em Alto Mar" do João Penca e Seus Miquinhos Amestrados que eu tive a felicidade de ter a participação do próprio Avellar Love (um dos Miquinhos) e do Sylvinho Blau Blau - de cuja banda de apoio eu faço parte desde 2001 – nos backing vocals.

GM: Qual a diferença básica entre os seus dois álbuns solo?

CP: Esse disco é mais adulto. A ironia e a comicidade já não estão tão presentes nas letras como outrora. Musicalmente também existem algumas distinções e o álbum remete em alguns momentos a bandas como Eagles e Doobie Brothers no que eu convencionei chamar de Caipi-Rock. Estou preparando um novo disco só com canções que eu compus em 1995 todo nesse estilo que pretendo lançar ainda esse ano.

GM: Musicalmente há mudanças intencionais na sonoridade do disco?

CP: Nunca é intencional. Esse disco saiu quase por acidente, já que algumas músicas estavam gravadas (umas até mesmo antes de eu fazer o Música Para Desktop) e eu não sabia exatamente o que fazer com elas. Sou um compositor que tem na bagagem 30 anos de trabalho, portanto tenho várias e várias canções. Quando eu recomecei a fazer umas demos aqui em casa após o lançamento do primeiro disco, eu percebi que esses novos registros podiam ter conexão com esses outros que estavam engavetados e daí eu comecei a costurar a ideia do disco.

GM: Voltando mais no tempo, como você diferencia o seu trabalho solo com o de sua banda Gametas?

CP: Não tem mais quase nenhuma conexão. As letras dos Gametas eram insultuosas e eu meio que esgotei esse repertório. Um dos motivos pelo qual a banda acabou é que eu não tinha mais como compor naquele estilo. Musicalmente também não tem mais quase nada a ver, já que os Gametas eram um misto de punk e hard rock. Positivamente o hard rock ainda continua influenciando, mas no Disco de Novela essa referência aparece muito mais nas baladas em trabalhos primorosos de guitarra do Iuri Ramos, meu filho, que é um hard rocker por excelência.

GM: Uma das marcas de seu trabalho é a forma como você conta estórias (ou quem sabe histórias), além de envolver personagens nas canções, casos de Valentina ou Patrícia Eduarda, nesse último disco. Esses personagens existem de fato?

CP: Elas não existem de fato. Eu curto inventar nomes, títulos. Trabalho com a sonoridade das palavras e gosto de contar estórias. Certamente existe muito da minha vivência pessoal nas minhas letras, mas elas acabam sendo fragmentos de várias coisas e uma personagem pode ter características de várias pessoas diferentes e outras coisas são inventadas.

GM: Essas canções já foram tocadas em seus shows? Caso sim, a resposta do público aponta para uma canção em especial?

CP: Até agora só fiz um show solo acompanhado pelos Adoráveis Sedutores, minha banda ao vivo. Foi no Imperator abrindo o show do Detonautas. A resposta do público superou minhas expectativas, mas não dá pra saber qual música as pessoas gostaram mais, já que é tudo muito novo. O Fabio Brasil, baterista do Detonautas, é meu parceiro em minha empreitada solo e tocou comigo no show. Ele é meu produtor fonográfico junto com o Roberto Lly (ex-Herva Doce) a quem devo muitíssimo também.

GM: O seu álbum anterior foi lançado apenas em mídia digital, esse novo parece que também seguirá essa abordagem. Como você vê essa forma de divulgação do trabalho?

CP: É a salvação pra quem não tem grana pra ficar bancando prensagem e campanhas de divulgação e uma forma de você perpetuar seu trabalho.

GM: O Galeria Musical deseja boa sorte com esse novo trabalho e espera que as novas canções continuem agradando os antigos fãs e novos possam ser conquistados.

CP: Valeu, Galeria Musical pelo apoio de sempre e eu espero que as pessoas curtam esse disco. Em breve lançarei uns clipes e registros ao vivo de algumas dessas canções. Deixa o som te levar.





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