Entrevistas Exclusivas

Confira a nossa entrevista com CPM 22


Postado em 02/06/2017

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Por Anderson Nascimento

Com mais de 20 anos de estrada a banda paulista CPM22 vive um grande momento artístico. Surfando nessa vibe o grupo acaba de lançar o seu novo disco "Suor e Sacrifício". O GM traz aos leitores a entrevista exclusiva concedida pelo baterista Japinha para o site. Confira!


GM: Acabo de ouvir o novo disco “Suor e Sacrifício”, e vejo que a banda focou em um álbum centrado no Rock. Há faixas bastante aceleradas, como a reflexiva “Pagar Pra Ver”, aliás, o disco já inicia nessa levada com “Combustível”. Havia já essa ideia quando o disco começou a ser arquitetado, ou isso acabou acontecendo naturalmente?

CPM22: O CPM22 sempre foi uma banda que gostou de músicas rápidas, até pela influência do hardcore melódico e do punk rock, então essas músicas mais rápidas saíram com naturalidade quando começamos a compor o disco. Há o fato também de que tínhamos acabado de gravar o acústico e tivemos que "desacelerar" as músicas, então estávamos realmente com vontade de tocar um pouco mais agressivos e rápidos.

GM: Percebi que o disco fala diretamente com as pessoas, caso de “Linha de Frente” ou “Destemido”, por exemplo, ou seja, em algum momento ele é muito mais sobre “nós” do que sobre os autores das canções. Pelo menos tive essa percepção: há muitas mensagens direcionadas ao ouvinte. É isso mesmo?

CPM22: Sim, é direcionado ao ouvinte da mesma forma que é pensado por nós. Ou seja, quem escreveu a letra, escreveu como se estivesse cantando pela banda o momento que vivemos, por isso usamos bastante a primeira pessoa do plural, “nós”, em várias canções. De certa forma esse "nós" iguala o ouvinte e acaba falando pelos 5 da banda também.

GM: Também há canções de cunho mais pessoal, como “Em Busca de Uma Pista”, a emocionante, “Honrar Teu Nome”, e a confessional “Ser Mais Simples”, que, aliás, é uma das melhores canções do disco. Tem um refrão contagiante! Será esse o segredo da paixão dos fãs?

CPM22: Tentamos fazer neste disco canções que fossem possíveis de serem cantadas juntos, as famosas "sing along". Os refrões dessas músicas que você citou com certeza entram nesse grupo, que são o tipo de música que nos agrada muito também, e consequentemente agrada nosso público, que acaba cantando todos os refrãos.

GM: A revisitação ao repertório do grupo, por conta dos 20 anos, influenciou na elaboração do novo CD?

CPM22: Eu acredito que não, pois principalmente o Luciano, que é o cara que mais compõe na banda e gosta de se influenciar pelo que está ouvindo na época e não pelo que foi feito até então. Porém, pode até ser que sim, pois vira e mexe a gente comenta "ah, isso é bem CPM, bem nossa cara", então pode ser que a coletânea possa ter influenciado.

GM: O nome do álbum tem a ver com a carreira da banda mesmo, certo?

CPM22: Sim, tem a ver com a carreira e com o nosso dia-a-dia, com a batalha eterna que é ser de uma banda de rock no brasil e viver de música dignamente. Também é uma passagem da letra "Conta Comigo".

GM: O CPM se notabilizou por fazer refrãos arrebatadores que leva ao público cantar alto e de punhos fechados. Vejo que isso está presente no álbum em canções como a ótima “Todos Por 1”, um novo hino no repertório da banda. Acredito que quando ela foi composta e gravada vocês já imaginaram o público cantando a canção, não é mesmo? Essas coisas acontecem no processo de criação?

CPM22: Exatamente, gostamos de refrões que o público acompanhe cantando junto. Nessa música, realmente a gente imaginou esse tipo de coisa e com certeza no processo de criação muito se imagina o que vai acontecer durantes as apresentações ao vivo.

GM: Gostaria que vocês falassem um pouco sobre a influência dos fãs no trabalho do grupo, e como eles influenciaram nesse novo trabalho. A canção “A Esperança Não Morreu” parece falar disso.

CPM22: Sim, nesta música falamos direto com o público e com certeza essa interação entre banda e público faz com que a gente reflita sobre a nossa vida e tudo que aconteceu com a gente e como esse tipo de relação afeta o nosso dia-a-dia. Consequentemente, esse tipo de relacionamento mudou a nossa carreira e com certeza é presente nos nossos pensamentos e reflexões.

GM: Falando em fã, como foi gravar “Never Going To Be The Same” com o vocalista da Face To Face, Trever Keith? Como aconteceu o encontro e a gravação da canção?

CPM22: Bem isso, somos fãs do Face to Face e tivemos a oportunidade de gravar um som com o vocalista dessa banda, a qual nos influencia desde que éramos mais jovens. O contato rolou após um cover que fizemos do Face to Face em 2008 em um festival grande do sul, chamado Planeta Atlântida, e um amigo nosso enviou um vídeo para a banda e os caras ficaram impressionados com a nossa execução do cover e também com o tamanho do festival, pois haviam mais de 40 mil pessoas assistindo. A partir de então rolou um contato via e-mail e de lá pra cá foi aumentando a proximidade e o Trever topou fazer a letra e a melodia de voz em cima da minha base de guitarra.

GM: A versão do Spotify tem duas faixas que não estão no CD, “Revelação” e “Cruz”, por quê? Aliás, “Cruz” é bem CPM22 mesmo!

CPM22: A questão foi que tínhamos muitas músicas e tivemos que cortar várias. Hoje em dia, com essa possibilidade de lançamento via formato digital, CD e até vinil (que pensamos em fazer também), fizemos a sugestão da gravadora, que seria lançar 14 músicas no CD físico, mais 2 no digital e talvez até algumas a mais no vinil pra podermos aproveitar o repertório todo. Aliás, nem todo, ainda tivemos que cortar umas 10, pois havíamos composto várias músicas.

GM: O Rock in Rio foi uma prova da força da banda. Como foi esse show em relação ao trabalho do grupo? Teve algum impacto nos projetos?

CPM22: Realmente o Rock in Rio foi um capítulo importante para a gente, foi uma prova da maturidade e da importância que adquirimos. Em relação à nossa carreira, ele foi um marco e com certeza somou no nosso trabalho, inclusive com a gravação de um CD e DVD ao vivo, que acabou sendo o 5º DVD da banda e com um nível de importância muito alto, por ter sido no Rock in Rio, um festival daquele tamanho, para 90 mil pessoas, no Palco Mundo, em uma noite que contou com System Of A Down, Queens Of Stone Age e Hollywood Vampires. Certamente fortaleceu o andamento dos projetos da banda, inclusive resultando em mais shows durante aquele período.

GM: Gostaria de parabenizar a banda pelo disco, desejar sucesso e mal posso esperar para ouvir essas novas canções ao vivo.

CPM22: Muito obrigado, valeu pela ótima entrevista e apareça no show, pois está muito legal com as músicas novas. Aproveito pra estender o convite para todos que estão me lendo. Um grande abraço, Japinha.





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