Resenha do Cd 24k Magic / Bruno Mars

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24K MAGIC
BRUNO MARS
2016

WARNER MUSIC
Por Rodrigo Paulo

“24 karat magic in the air”, de fato essa é a sensação que temos ao ouvir o novo álbum de Bruno Mars “24K Magic”, uma verdadeira jóia lapidada. O terceiro álbum de Bruno mergulha fundo na sonoridade R&B das décadas de 1970, 1980 e 1990. O lançamento veio após uma espera de longos 4 anos do seu último álbum “Unorthodox Jukebox”, disco que apesar da estética pop e R&B atuais já bebia muito da fonte dos grandes clássicos da Motown, e 2 anos da participação em “Uptown Funk”, sucesso de Mark Ronson que ganhou o mundo como uma das melhores músicas daquele ano.

O disco apresenta 9 faixas, uma curta viagem musical mas de sonoridade intensa e que cabe perfeitamente num LP dos padrões das décadas passadas, quando os discos não tinham o costume passar dos 40 minutos de duração. A apresentação do disco, já com sua faixa título e primeiro single, mostra que Bruno tem propriedade em retratar uma das épocas mais ricas do cenário musical em questões de efeitos sonoros. “24K Magic” (uma viagem aos tempos áureos dos anos 1980, época quando a disco music estava saindo de cena) é dançante e assim como “Chunky”, “Perm” e “That’s What I Like” (essa mais suave e bem anos 1990) formam a parte dançante da primeira parte do disco. Uma muito diferente da outra. Aliás, essa é uma característica do disco, nenhuma faixa é sequer parecida com a outra em questões de ritmo, já nas composições... Temos um Bruno Mars totalmente canastrão.

Fechando a primeira parte do disco temos “Versace On The Floor”, canção totalmente oitentista. Essa faixa bate de frente com grandes clássicos lançados na década de 1980, faz bonito usando um teclado cheio de efeitos. Se não fosse gravada por Bruno Mars essa faixa passaria batida como um clássico da década da new wave. Mas apesar de bonitinha e bem romântica, a composição conta a vontade de Bruno em ver sua conquista tirando seu Versace para fazer uma dança do acasalamento.

“Straight Up & Down” abre a segunda parte do disco, mais uma balada suave bem anos 1990 com muito backing vocal. Umas das músicas mais delicinhas do disco. “Calling All My Lovelies” é sem dúvida a faixa mais oitentista do disco. Faixa perfeitamente produzida para ter a atmosfera da década e conta ainda com a participação de Halle Barry deixando um recado na secretária eletrônica. Nessa eu confesso que “Hello” de Lionel Richie perdeu...

“Finesse” é a faixa perfeita para retratar a década de 1990. A faixa lembra muito sucessos de Will Smith, Another Level e safras brasileiras como Patrícia Marx em “Ficar Com Você”. Uma das melhores do disco. Bruno Mars soube resgatar todo o espírito da década. Tiro certeiro e uma das faixas que mais ouço nesse disco. E fechando o disco temos “Too Good To Say Goodbye” uma típica balada dos anos 1970 que faz sucessos do mesmo estilo de Bruno como “Talking To The Moon” e “When I Was You Man” serem esquecidos rapidamente. Uma composição para redimir toda a fama de pegador que foi impressa nas outras 8 faixas de “24K Magic”. Mais um acerto!

Quem já conhece os outros trabalhos do Bruno Mars sabe a evolução sofrida pelo mesmo a cada lançamento. O cantor e compositor sabe se reinventar, e mesmo utilizando de ferramentas já exploradas em seu disco anterior “24K Magic” consegue sobressair e fazer jus ao seu título. Um disco para agradar aos fãs do cantor e aos fãs do gênero que fez muita gente dançar nas décadas mais influenciadoras da música pop mundial. “Pop pop, it’s show time!”

Resenha Publicada em 30/12/2016





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