Resenha do Cd In The Now / Barry Gibb

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IN THE NOW
BARRY GIBB
2016

SONY MUSIC
Por Anderson Nascimento

Havia muita expectativa sobre o novo disco solo de Barry Gibb, único sobrevivente do lendário Bee Gees. A expectativa se dava por diversos motivos, entre eles, a de ser o primeiro álbum de inéditas gravado após a precoce partida de seus irmãos, além do fato de Barry nunca ter cultivado uma prolífica carreira solo, como seu irmão Robin o fez em vida.

Sempre há dor nas entrevistas que o artista concede, não só pelos falecimentos que rondam a família desde a morte de Andy Gibb em 1988, mas também por questões relacionadas a desentendimentos pessoais e artísticos com os irmãos, enquanto ainda havia Bee Gees. Mas Barry está bem, como prova esse novo álbum.

“In The Now” é apenas o segundo disco de sua carreira solo e quase não aconteceu, já que o artista pensou em se aposentar por diversas vezes, desde a morte de seus irmãos. O álbum mostra um Barry olhando pra frente, moderno, com pegada forte e cantando bem, o que significa que o cantor manera em seu indefectível falsete, capaz de fazê-lo ser identificado em qualquer canto do planeta.

O single inicial dá nome e abre o disco sem esconder as origens do artista, mas de maneira acertadamente contemporânea, explorando nuances do Pop palatável do século XXI. A sequência, “Grand Illusion” é um Rock cheio de energia, de letra que mistura texturas psicodélicas e autoajuda.

“Star Crossed Lovers” é o baladão do disco, a canção tem jeitão de standart romântico, agregando cordas e um solo marcante. Mas as baladas não têm muito lugar nesse álbum, que está muito mais vibrante do que parado. Uma prova disso é a agitada “Bowin’ a Fuse”, canção acelerada que tem cara de trilha sonora oitentista.

A primeira parte do álbum é praticamente perfeita e canções como “Home Truth Song” é uma prova disso, autobiográfica, como acontece em boa parte do das letras do disco, a canção tem excelente letra e é cantada com uma invejável empáfia. Porém, em sua segunda metade, o disco perde um pouco o fôlego como atestam canções como “Meaning of The World” e a “Cross To Bear”, embora o disco ainda apresente bons momentos como “Shadows” e o belo Rock “Diamonds”. A versão standart do álbum encerra com a emocionante balada ao piano “End of The Rainbow”, uma homenagem declarada aos seus três falecidos irmãos.

Escrito com os seus filhos Stephen e Ashley Gibb, o disco ainda possui uma versão deluxe - a única disponível nas lojas do Brasil -, com mais três faixas. Aos 70 anos Barry se mostra vivo, reverente ao passado, mas olhando pra frente e, se o disco não é soberbo, pelo menos honra o sobrenome Gibb.

Resenha Publicada em 13/01/2017





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