Resenha do Cd Blue Moon / South Cry

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BLUE MOON
SOUTH CRY
2010

INDEPENDENTE
Por Lucas Vieira

Estar resenhando esse álbum é muito gratificante. Não só por toda a história que o envolve ou por sua qualidade, mas também pelo fato de ser de uma banda amiga. O South Cry surgiu aqui na Região Serrana, no interior fluminense do Rio e cresceu muito nos onze anos de existência.

A fórmula da banda é a sensacional técnica de Victor na bateria, os timbres médios/agudos das precisas levadas do baixo de Patrick, os solos fantásticos de Guill e o vocal e as bases de Daltri, que é também o principal compositor do grupo que direciona suas letras quase sempre para o lado emocional.

Blue Moon é um marco no rock nacional. A banda foi gravar o disco em Bahamas, no Compass Point, sendo o primeiro grupo nacional a gravar no mesmo estúdio onde grandes bandas como o Iron Maiden e o AC/DC gravou. Se comparado aos dois primeiros álbuns do grupo, nota-se uma mudança radical. Ao comando de Sylvia Massi, grande produtora e vencedora de um Grammy, a banda gravou com produção e equipamentos de qualidade altíssima, com todos os sons bem captados e registrados ao longo das faixas.

"Paradox" dá início ao disco sem muitas apresentações. A balada tem uma letra bem direcionada ao lado sentimental e uma melodia bem simples, com poucas variações.

“Lord of Sound” traz uma parte de timbres muito interessante. A guitarra inicia com um curto solo, o baixo acompanha o bumbo grave da bateria e na letra falam da conexão com a música.

Na terceira faixa, “Mayfly”, alternam o ritmo durante a música, com destaque justamente para a bateria que conduz toda a música junto da guitarra.

Na quarta faixa, o grupo traz uma versão totalmente alternativa do clássico “Help” dos Beatles. A simpática canção vem com um feeling bem expressivo no vocal e na parte instrumental, o baixo faz uma marcação muito precisa junto da bateria e as guitarras fazem um complemento especial à “cozinha”.

“Autumn” é uma canção folk, num ritmo calmo e soa nostálgica.

Em “Actually” ouvimos um baixo bem expressivo, assim como os vocais, além da guitarra usando diferentes efeitos ao longo da música.

Com um fabuloso solo de guitarra, “Thank You” mistura um som leve com vocais mais pesados, carregados de sentimento.

“Icarus” dispensa palavras. A canção que faz referência ao personagem da mitologia grega tem cara de clássico, é a prova que o South Cry mantém suas raízes desde o primeiro álbum.

"This Could Be” funciona como um diálogo, onde falam sobre divergências amorosas e que cada vez pode ser a última.

A composição da dupla de guitarristas, “Russian Roulette”, é uma amostra de puro rock n’ roll, com uma atuação perfeita de todos os instrumentos.

“L.i.A.r” é uma das canções mais interessantes do disco. Cria do vocalista Daltri com o engenheiro de som Jared Scott, a letra seguida de um instrumental pesado fala da falsidade das pessoas em Los Angeles – daí as letras “L” e “A” estarem maíusculas no título.

Para finalizar o trabalho, a música “She!” narra a história de uma mulher.

Blue Moon é um grande passo na carreira do South Cry, uma obra muito profissional e que com certeza abrirá grandes portas na carreira do grupo, que tem um brilhante futuro pela frente.

Resenha Publicada em 20/07/2011





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