Resenha do Cd Incógnita / Mad Sneaks

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INCÓGNITA
MAD SNEAKS
2013

PISCES RECORDS
Por Anderson Nascimento

Surgida em Minas Gerais, a banda Mad Sneaks acaba de lançar “Incógnita”, seu primeiro álbum. Com um som baseado no Rock americano dos anos noventa, a banda é formada por Agno Dissan (guitarra/vocal), Amaury Dias (bateria) e Adriano Lima (baixo), já bem batalhando no cenário independente há pelo menos três anos.

A banda já é conhecida na grande rede por ter o seu nome sempre presente nasredes sociais, e por lançamento de singles virtuais como “Sangue Sujo” (2011), ou ainda pelo sucesso de seu clipe "Rótulo", que alcançou rapidamente a marca de 50 mil views no Youtube.

Com o lançamento de seu primeiro disco, a banda firma de vez o seu lugar entre as bandas entre os grupos nacionais que tocam Grunge e Punk e, ainda mais bacana, que cantam em português.

A catártica faixa de abertura tem esse peso e, mesmo instrumental, consegue dizer muito do que a banda pactua ao longo do disco. “Canção Sem Fim” consegue apresentar a banda te levando direto pra cena Grunge que tomou conta do mundo na primeira metade dos anos noventa.

O instrumental da banda se mostra muito bem entrosado, e faixas como “Armas, Rosas e Fogo” (que tem um encerramento brilhante) e “Coma”, revelam que a banda possui expertise dentro do segmento em que atua, além de deixar claro qual é o som que o grupo acredita e aposta.

Em termos de canções, “Pandora” é a melhor faixa, porém, nessa música a banda sai um pouco de sua sonoridade principal, chegando a lembrar um pouco o som dos paulistas do IRA!, o que mostra que o grupo também se preocupa em arejar o som de seu disco.

A Mad Sneaks deixa sempre claro que o Nirvana é a a sua principal influência. Falando nisso, outro fato relevante que tem que ser apontado, é que o disco foi masterizado por ninguém menos que Jack Endino, cultuado produtor que trabalhou com a banda de Kurt Cobain. “Medeleine” é uma das canções do disco que mais lembra o som do Nirvana, encarnando sempre o espírito de Seattle.

Apresentando letras bem sacadas como “Rótulo”, donos de um instrumental respeitável e com perfeito casamento entre os músicos, a banda mostra, já em sua estreia, que tem tudo para decolar. E para aqueles que quiserem sentir o gostinho vintage do som noventista da banda, recomendo ouvir o disco através da belíssima versão em vinil que a banda lançou.

Resenha Publicada em 14/02/2014





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