Por Anderson Nascimento
Cinco anos após o surgimento da Bossa Nova, ritmo brasileiro que encantou o mundo, o Brasil se rendia ao Sambanço, um Samba dito como “moderno”, que agregava um tempero a mais capaz de não deixar ninguém parado enquanto o som estivesse sendo executado.
Para comemorar a efeméride que comemora tanto a Bossa quanto o Sambanço, a Discobertas colocou no mercado o Box “Bossa 50 +5”, que alinha dez LPs em cinco CDs no formato dois em um, que compreendem os anos de 1963 até 1966. O Box apresenta todos os dez álbuns com todas as suas informações preservadas – textos originais, selos, capas, contracapas –, em gravações originais de artistas que muitas vezes utilizavam pseudônimos nos créditos das gravações.
Dessa forma, o Box é uma grande oportunidade de se ouvir clássicos como “Só Danço Samba” (Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes), “Desafinado” (Antonio Carlos Jobim, Newton Mendonça), “O Barquinho” (Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli), “Samba Triste” (Baden Powell, Billy Blanco) e “Se Acaso Você Chegasse” (Lupicínio Rodrigues, Felisberto Martins), dentre muitas outras faixas entre as cento e quinze gravações presentes no Box.
Falando em Tom Jobim, entre os dez títulos originais, está o álbum “A Música Maravilhosa de Antônio Carlos Jobim” (1966), no CD cinco da coleção, que traz doze releituras de Jobim. Ainda no CD cinco, o décimo LP “Samba Pra Frente” (1966), é todo interpretado pelo grupo Samba Trio, que revive (com a sua interpretação peculiar) canções de Edu Lobo, Baden Powell, Vinícius de Moraes, Marcos Valle, Sergio Mendes e até Caetano Veloso, entre outros.
De muito bom gosto, esses dez LPs, agora reorganizados em cinco CDs, são uma verdadeira viagem ao tempo, e mostram a deliciosa sonoridade da Bossa Nova, e suas variações, alcunhadas também de Balanço, Bossamba, Sambalanço e Sambossa.