Resenha do Cd Meu Ziriguidum / Aline Calixto

MEU ZIRIGUIDUM title=

MEU ZIRIGUIDUM
ALINE CALIXTO
2015

FULL PRODUÇÕES
Por Anderson Nascimento

Aline Calixto é cantora que faz parte da nova geração de sambistas surgida após a revitalização do tradicional bairro boêmio do Rio de Janeiro, que voltou a figurar como point noturno, regado a música de vários estilos, com predominância do Samba de Raiz.

Disponível em todas as plataformas digitais desde o dia 24 de julho, o terceiro disco da sambista carioca Aline Calixto traz onze novas gravações. Produzido por Paulão 7 Cordas e Thiago Delegado, o disco conta com as participações de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e do rapper Emicida.

A ótima “Meu Ziriguidum” (Aline Calixto, Gabriel Moura), cita o tal Samba de Raiz ao qual a cantora alinha o seu som. A faixa que abre e dá nome ao novo disco da cantora divaga sobre o prazer de sambar e cantar, além da atual participação da mulher nas rodas de Samba. Vale citar também que “Papo de Samba” (Carlos Caetano, Moisés Santiago, Flavinho Silva), outro destaque do disco, fala de maneira divertida do pós-Samba, o que, de alguma forma, se relaciona com a estória da música de abertura “Meu Ziriguidum”.

“No Pé Miudinho” (Moacyr Luz, Délcio Luz), agrega a presença de Zeca Pagodinho, em canção que parece ter sido feita para o cantor, já que combinou perfeitamente com o estilo Zeca cantar e, cabe uma observação: que ótimo vocal de Zeca na faixa! Ainda sobre as participações especiais, vale destacar também a música “Conto de Areia – Rap de Areia” (Romildo, Toninho Nascimento) onde o rapper Emicida faz um belo e emocionante dueto com a cantora, trazendo músicas incidentais e homenageando a cantora Clara Nunes.

Entre outros momentos especiais do álbum estão “Ibamolê” (Sérginho Beagá), canção de motivação religiosa afro-brasileira, “Musas” (Arlindo Cruz, Rogê), que lembra icônicos personagens como Gabriela e Madalena, e “Lendas da Mata” (João Martins, Raul DiCaprio), que, como sugere o título, apresenta temática folclórica.

Em ritmo de festa “Eu Sou Assim” (Serginho Beagá) encerra o disco de bom repertório e ótima interpretação. “Meu Ziriguidum” é boa dica para quem quer curtir um Samba fino, competente e pé-no-chão. Recomendo.

Resenha Publicada em 30/07/2015





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