PLEASE PLEASE MEBEATLES, THE
1963
Por Valdir Junior




Gravado em uma inacreditável (para os dias hoje) sessão de 12 horas, as músicas selecionadas para o disco (covers de artistas que os Beatles gostavam e as primeiras fortes composições da dupla Lennon/McCartney) representam o repertório dos shows. A Produção de George Martin conseguiu realçar e destacar toda a energia e empolgação que os Beatles criavam ao vivo e um dos elementos fundamentais no sucesso do álbum e também para o começo de tudo que estava por vir . Destaque para : “I Saw Her Standing There”, “Please Please Me”, “Theres A Place” e “Twist and Shout”.
WITH THE BEATLESBEATLES, THE
1963
Por Valdir Junior




O Disco que deflagrou a “Beatlemania” pelo mundo afora, segue o mesmo roteiro do disco anterior (covers e músicas originais), John e Paul conseguem mostrar ainda mais o potencial da dupla, com canções mais fortes e vocais mais trabalhados. George estreia como compositor com uma boa música (“Dont Bother Me”), a produção de George Martin torna-se parâmetro para se ter um “som forte e quente” e influencia produtores no mundo todo que tentam recriar o som dos Beatles, assim como a estética da foto da capa tirada por Robert Freemann. Destaque para: “It Wont Be Long”, “All My Loving”, “I Wanna Be Your Man” e “Hold Me Tight”.
A HARD DAYS NIGHTBEATLES, THE
1964
Por Valdir Junior





Com a “Beatlemania” alcançando proporções nunca antes imaginadas no mundo, os Beatles estreiam no cinema com um filme que ajuda ainda mais a mostrar a personalidade e o carisma de John, Paul, George e Ringo , mesmo que de forma ficcional. A Trilha do filme totalmente composta por John e Paul, mostra e evolução dos dois como compositores que criam verdadeiros hits instantâneos e vibrantes, a sonoridade da banda começa também a evoluir com o uso da Guitarra Rickenbaker de 12 cordas de George que influencia toda uma nova cena musical nos USA e que não muito mais tarde viria a ser conhecida com FolkRock. Destaque para: “A Hard Day's Night”, “Can't Buy Me Love”, “Any Time At All”, “Things We Said Today” e “And I Love Her”.
BEATLES FOR SALEBEATLES, THE
1964
Por Valdir Junior




O quarto disco traz uma banda começando a já apresentar o cansaço de turnês extenuantes por todo mundo (a foto da capa é uma mostra disso). John Lennon considerava esse o disco de “Country & Western Music” dos Beatles, mas o Rock and Roll está bem presente no disco com covers de Chuck Berry, Carl Perkins e Buddy Holly. A partir desse álbum as letras das músicas começam a evoluir (após um encontro com Bob Dylan) dos simples temas de amor para temas mais sérios e profundos. Destaque para: “Im A Loser”, “Babys In Black”, “Eight Days A Week” e “Every Little Thing”.
HELP!BEATLES, THE
1965
Por Valdir Junior




Trilha sonora do segundo filme da banda (este muito mais ficcional e nonsense), segue a mesma linha já anunciada no álbum anterior com Rocks, baladas, um pouco de country, folk , mas com letras ainda mais fortes e que já refletem toda a pressão de uma vida de sucesso estrondoso que cobra um salgado preço ao artista (“Help”) e a influência de Dylan (principalmente em John) continua em músicas como “Youve Got To Hide Your Love Away”; Paul traz “Yesterday”, a música que se tornaria a canção mais gravada do Mundo; George volta a compor com mais entusiasmo e consegue colocar duas novas músicas suas (“You Like Me Too Much” e “ I Need You”) o que se tornaria a “sua cota” de faixas que John, Paul e George Martin esperavam para um disco dos Beatles.
RUBBER SOULBEATLES, THE
1965
Por Valdir Junior





Apesar de continuarem em turnês cada vez mais cansativas para a banda e que os deixavam cada vez mais insatisfeitos, os Beatles voltam ao estúdio para gravar o já esperado disco para o final do ano. Apesar de ter pouco material preparado, a qualidade das musicas começam uma escalada ascendente que mostra o quanto os Beatles progrediam como músicos e compositores. George emplaca mais duas ótimas músicas suas no álbum; Ringo estreia como compositor dividindo uma parceria com John e Paul (“What Goes On”). As experiências sonoras começam, utilizando instrumentos inusitados para o Rock/Pop (como a Cítara tocado por George em “Norwegian Wood” e o pedal “Fuzz” usado no baixo de Paul em “Think For Yourself”), o estúdio de gravação começa a ser utilizado como laboratório de sons, junto com a colaboração cada vez maior de George Martin em traduzir suas ideias para o disco. Destaque para: “Drive My Car”; “You Wont See Me” ; “Nowhere Man” e “Im Looking Through You”.
REVOLVERBEATLES, THE
1966
Por Valdir Junior





Com a cabeça fervilhando de novas ideias (e outras substâncias) e influenciados por diferentes estilos musicais (música indiana, erudita, vanguarda) os Beatles gravam um álbum revolucionário para os padrões da época, deixando a imagem de garotos inocentes e comportados de lado, as músicas avançam mais e mais em temas adultos, cheios de referências que se entrelaçam em um calidoscópio de sons experimentais e letras cheias de duplos significados. Pela primeira vez sabem que a música que estão criando no estúdio (como “Tomorrow Never Knows”) será impossível de ser tocada ao vivo (na época) e não poupam pedidos esdrúxulos e estranhos para George Martin gravar em fita. Desatques: “Eleanor Rigby”, “Love You To”, “She Said She Said”, “Got To Get You Into My Life” e “Taxman”.
SGT. PEPPERS LONELY HEARTS CLUB BANDBEATLES, THE
1967
Por Valdir Junior





Com o fim das turnês, os Beatles entram em estúdio para gravar o disco mais revolucionário, desconcertante e imprevisível de todos os tempos. Usando pela primeira vez um mesa de gravação de 4 canais conseguem fazer dela o instrumento principal do disco, utilizando técnicas em estúdio nunca antes imaginadas. A qualidade das músicas dão um salto ainda maior em relação ao disco anterior, não há mais limites, referências a drogas, sexo, existencialismo, misticismo e tudo mais que possa passar pela cabeça dos quatro rapazes de Liverpool, está presente nas músicas assim como os mais variados estilos musicais. Tudo em “Sgt Peppers” reflete o que mais tarde viria ser conhecido como “O Verão do Amor”, uma época utópica onde começou-se a sonhar e parecer possível que o mundo poderia ser bem melhor. Destaque para: “A Day In The Life”, “Within You, Without You”, “Lucy In The Sky With Diamonds”, ”Sgt Peppers” e “Getting Better”.
MAGICAL MYSTERY TOUR BEATLES, THE
1967
Por Valdir Junior




Trilha sonora do filme feito para TV e totalmente psicodélico e nonsense, é uma continuação do que já havia em “Sgt Peppers”, com bons momentos como a enigmática “I Am The Walrus” de John e na sonhadora “The Fool On The Hill” de Paul, além da quase mântrica “Blue Jay way” de George. Na época a trilha do filme saiu em um pacote com dois compactos duplos, e somente nos USA a trilha virou um LP com a adição de quatro músicas que foram lançadas em compacto (“Strawberry Fields Forever”, “Penny Lane”, “All You Need Is Love” e “Baby Youre A Rich Man”).
THE BEATLESBEATLES, THE
1968
Por Valdir Junior





Primeiro disco lançado pelo selo Apple e gravado após um período de isolamento e meditação na Índia (com o guru Maharishi Mahesh Yogi), mostra o começo da desunião dos Beatles. Evitando prosseguir com uma material muito elaborado (como aconteceu nos discos anteriores) optaram por fazer um disco mais direto e sem exageros. As músicas refletem a cara e personalidade de cada compositor individualmente, os outros são usados apenas como músicos de estúdio nas gravações, mostrando o grau de desligamento entre eles. Apesar de tudo conseguem mostrar um material forte e consistente. Destaque para: “Dear Prudence”, “While My Guitar Gently Weeps”, “Happiness Is A Warm Gun”, “Helter Skelter”, “Yer Blues” e “Why Dont We Do It In The Road”.
YELLOW SUBMARINEBEATLES, THE
1969
Por Valdir Junior



Para a trilha sonora do maravilhoso desenho animado, foram usadas quatro músicas descartadas pelos Beatles das sessões de “Sgt Peppers” e “Magical Mystery Tour” com destaque para ótimas “Hey Bulldog” e “Its All Too Much”, assim como a música tema “Yellow Submarine” e uma versão um pouco diferente de “All You Need Is Love”, a princípio pensaram em lançar a trilha com as músicas em um compacto duplo, mas depois se optou por um LP com o acréscimo da música instrumental do desenho feita por George Martin.
ABBEY ROADBEATLES, THE
1969
Por Valdir Junior





Verdadeira obra-prima feita pela banda, o disco é também o último álbum gravado pelos Beatles enquanto eles ainda existiam. Driblando todas as brigas, confusões, problemas financeiros com a Apple, desentendimentos mil e a entrada de Yoko Ono na vida de John, e Linda na de Paul. Os Beatles conseguem gravar um álbum repleto de canções memoráveis e fortes como há muito tempo não faziam. Pela primeira vez em muito tempo as musicas apresentadas por George (“Somenthing” e “Here Comes The Sun”) são de uma qualidade igual ou até maior que as de John e Paul, mostrando o quanto ele tinha crescido como compositor, Ringo também contribui com uma ótima canção (“Octopuss Garden”). Destaque também para: “Come Toghether” e “I Want You (Shes So Heavy), ambas de John, e todo o medley idealizado por Paul, que começa com “You Never Give Me Your Money” e vai até “The End”.
LET IT BEBEATLES, THE
1970
Por Valdir Junior



Ler resenha completaFruto das más sucedidas e estressantes sessões de gravação do álbum de volta às raízes “Get Back”, realizadas no início de 1969, antes de gravarem o disco “Abbey Road”, o material foi todo entregue ao célebre produtor Phil Spector para tentar dar uma forma e servir como trilha para o filme/documentário “Let it Be”. Spector superproduziu o álbum colocando corais e orquestra em “I MeMine”, “Acros The Universe”, “Let it Be” e “The Long and Winding Road” o que foi um grande desagrado a Paul, mas infelizmente nada mais poderia ser feito e o disco saiu assim (em 2003 foi lançado o disco “Let it Be..Naked”, sem toda a parafernália de Phil Spector e com total aprovação de Paul). Apesar de tudo as músicas do disco são muito boas, prova da qualidade de composição dos Beatles. Destaque para: “Ive Got A Feeling”, “One After 909” e “Get Back” todas do pequeno show realizado no telhado na Apple em Janeiro de 69.