MUDANÇA DE COMPORTAMENTOIRA!
1985
Por Valdir Junior




Lançado depois do primeiro compacto com "Pobre Paulista" e "Gritos na Multidão", este é o primeiro grande lançamento do Ira! e o primeiro a mostrar a mudança do direcionamento musical do punk rock para uma estética mais parecida com os mods no início da década de 60 na Inglaterra. Aqui também se efetiva a formação clássica da banda com Marcos “Nasi” Valladão (voz), Edgar Scandurra (guitarra/voz), Ricardo “Gaspa” Gasparini( baixo) e André Jung (bateria). Romantismo, angústia, rebeldia e inaptidão são combustíveis para Edgar criar clássicos instantâneos como: "Longe de Tudo", "Núcleo Base", "Ninguém Entende um Mod!" e a eterna "Mudança de Comportamento”.
VIVENDO E NÃO APRENDENDOIRA!
1986
Por Valdir Junior





O segundo e mais bem sucedido, utópico e sincero álbum da banda, foi gravado aos trancos e barrancos com desentendimentos entre a banda e o produtor Liminha, o que acarretou a mudança de produtor no meio do processo. Tudo isso devido a uma autoconfiança e um romantismo juvenil que o Ira! trazia dentro do peito e que acreditava mudaria o mundo ao seu redor . A temática do álbum anterior é elevada à última potência e Edgar mais inspirado do que nunca compõem hino atrás de hino para álbum. Metade dos clássicos da banda estão nesse disco, um álbum que marcou tanto a banda como toda uma geração e uma época. Destaque para: "Envelheço Na Cidade", "Dias de Luta", "Flores Em Você", "Quinze Anos (Vivendo E Não Aprendendo)" e as catárticas gravações ao vivo das duas músicas do primeiro compacto "Pobre Paulista"/"Gritos na Multidão".
PSICOACÚSTICAIRA!
1988
Por Valdir Junior





Mais maduro, o terceiro álbum da banda traz músicas ecléticas que transitam pelo reggae, Rap, Psicodelia e Hard Rock, com uma temática mais existencial e social o álbum antecipa também uma tendência mundial, usando “samplers” de diversos sons nos arranjos das músicas (entre esses sons estão falas do filme “O Bandido da Luz Vermelha” de Rogério Sganzerla). Pela primeira vez Edgar canta uma música sozinho, a pesada, com riff hipnótico, "Farto do Rock and Roll", uma das melhores faixas do Rock brasileiro. Na época do lançamento recebeu ótimas criticas, mas o público pareceu não entender a proposta da banda o que fez o álbum vender muito pouco, uma injustiça. Destaque para: "Rubro Zorro", "Manhãs de Domingo", "Poder, Sorriso, Fama", "Mesmo Distante", "Pegue Essa Arma”.
CLANDESTINOIRA!
1990
Por Valdir Junior



Passando por uma crise criativa e vivendo os primeiros momentos de uma fase difícil, o Ira! grava para esse novo trabalho várias músicas antigas não utilizadas nos trabalhos anteriores. Muito disso se deve ao fato de o álbum ter sido gravado após Edgar lançar seu primeiro disco solo (o ótimo “Amigos Invisíveis”), o que deixou a banda meio perdida no início da nova década que se iniciava. Esteticamente o Ira! repete um pouco da sonoridade do álbum anterior, contudo, boas canções se destacam: "Tarde Vazia", "Boneca de Cera" , "Cabeças Quentes", "Nasci em 62" e "Clandestino".
MENINOS DA RUA PAULOIRA!
1991
Por Valdir Junior




O Ira! retoma as suas origens “mods” em um álbum onde guitarras pesadas e o lirismo/idealismo das letras andam de mãos dadas. Mais pragmáticos e esperando que álbum seja um sucesso gravam versões em português para músicas dos Beatles: “Você Ainda Pode Sonhar (Lucy in the Sky With Diamonds)" em versão de Raul Seixas e "Imagens de Você (Pictures of a Matchstick Man)" do Status Quo em versão do Edgar e Nasi. Mesmo assim o disco está repleto de grandes musicas: "Rua Paulo", "Amor Impossível", "O Tolo dos Tolos", "Um Dia Como Hoje" e a nostalgia instrumental de "Os Meninos da Rua Paulo”.
MÚSICA CALMA PARA PESSOAS NERVOSASIRA!
1993
Por Valdir Junior

Disco altamente burocrático, feito para cumprir o contrato com a gravadora, é o menos inspirado e conciso disco do Ira! Os problemas internos começam a ficar cada vez mais constantes, o alto consumo de drogas também começa a cobrar o seu preço deixando a banda cada vez mais no limite. O álbum em si vale somente pela música "Arrastão" e pela regravação de "She Smiled Sweetly" (Jagger, Richards).
7IRA!
1996
Por Valdir Junior



Ler resenha completaSuperando os problemas que quase acabaram com a banda no meio dos anos 90, o Ira! volta revigorado após uma série de ótimos shows com um bom feedback do público e uma excelente mini turnê pelo Japão trazem a banda de volta aos trilhos. De contrato novo com gravadora independente Paradoxx Music, O Ira! grava um ótimo álbum, com músicas fortes, cheias de vigor, garra, guitarras distorcidas. Como nos álbuns anteriores há varias regravações: "Me Perco Nesse Tempo", do repertório do primeiro disco das Mercenárias; "Você Não Serve Prá Mim", de Roberto Carlos, “House of Risin' Sun" (autoria desconhecida, baseada na versão do The Animals) e "Haiô Silver!" (Honey Hush – que mais tarde Paul McCartney também iria regravar no disco Run Devil Run) de Big Joe Turner - em versão ao português de Nasi. Destaque também para: "Na Minha Mente", "É Assim Que Me Querem", "Te Odeio (Isso é o Amor)" e "O Girassol".
VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOUIRA!
1998
Por Valdir Junior





Totalmente influenciado pela nova cena eletrônica que surgiu no final doas 90 e iníicio dos anos 2000, O Ira! volta com talvez o álbum mais experimental e ousado de toda sua carreira. Tal mudança foi tão radical que frustrou alguns fãs mais conservadores, mas a qualidade das composições e o instrumental refinado com texturas sonoras engenhosas fazem com que o álbum respire um frescor e uma novidade tão forte que mesmo hoje, mais de 15 anos depois, continua sendo atual. O poeta e compositor Ciro Pessoa participa na autoria de várias faixas. Destaque para: "Às Vezes, De Vez Em Quando"; "Correnteza"; "Justiça Militar, Justiça Civil (Liquidação de Verão)”, "Tantas Nuvens" e "Miss Lexotan 6 mg - Garota" do Júpiter Maçã.
ISSO É AMORIRA!
1999
Por Valdir Junior




Depois recebimento frio do álbum anterior, a banda volta mais popular e mais pop em um disco de regravações de clássicos da MPB/Rock Brasileiro. Dentro de todos os discos de “covers” e tributos lançados pelos cantores/bandas que assolaram as lojas brasileiras no final dos anos 90, o do Ira! pode ser considerado o mais sincero e coerente. Contando com participações especial de Samuel Rosa em "Um Girassol da Cor de Seu Cabelo", de Lô Borges e Fernanda Takai em "Telefone"da Gang 90, o álbum entrega versões fortes com a cara da banda para: Wander Wildner (Bebendo Vinho), Legião Urbana (Teorema), Lobão (Chorando no Campo), Tim Maia (O Que Me Importa), Chico Buarque (Jorge Maravilha), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Sentado à Beira do Caminho), Ritchie (A Vida Tem Dessas Coisas), Ronnie Von (Minha Gente Amiga), além da regravação de “Mudança de Comportamento”e “Abraços e Brigas” do primeiro disco solo de Edgar.
MTV AO VIVOIRA!
2000
Por Valdir Junior




Com o sucesso comercial do álbum anterior o Ira! volta ao mainstream das rádios e das TVs de todo o Brasil para celebrar os 20 anos da banda, então é gravado o tão esperado “disco ao vivo” em parceria com MTV Brasil. Os principais sucessos e alguns lados B são tocados com energia suficiente para renová-los para mais 20 anos. Destaque para as então inéditas “Vida Passageira” e “Superficial (Como um Espinho)”, assim como para “É Assim Que Me Querem”, “Gritos na Multidão”,” Bebendo Vinho” e “Núcleo Base”.
IRA! - E-COLLECTIONIRA!
2000
Por Valdir Junior




Das várias coletâneas do Ira! que a Warner Music colocou no mercado nas últimas décadas, essa sem duvida é a melhor, idealizada e produzida pelo jornalista Marcelo Fróes , ela consiste de 2CDs, o primeiro com grandes sucessos como: “Flores em Você”, “Envelheço na Cidade”, “Dias de Luta”, “Longe de Tudo”, “Tarde Vazia”, entre outras. O segundo CD é composto de raridades para os fãs, com destaque para o primeiro compacto do Ira "Pobre Paulista" / "Gritos na Multidão” e as participações no “Estúdio Transamérica – Ao Vivo” onde tocaram “Should I Stay or Should I Go” do Clash.
ENTRE SEUS RINSIRA!
2001
Por Valdir Junior





Com um novo contrato com a Abril Music e o respaldo do sucesso do disco ao vivo, o Ira! volta a apostar num álbum experimental, mas com boas doses de Rock e também com um certo acento Pop nas canções, em alguns momentos lembram a sofisticação, experimentação que os Beatles fizeram com o álbum “Revolver”. Edgar tirar sons de sua guitarra que remetem ao mesmo tempo, o passado,o presente e o futuro, a eletrônica e o analógico. Produzido por Marcelo Sussekind esse é outro dos álbuns do Ira! que continua atual e cheio de novos sons a cada vez que o escutamos. Destaque para: O Disco Todo! (mas, principalmente, “O Bom e Velho Rock N Roll”, “Milhas e Milhas” e “Entre Seus Rins”).
INVISÍVEL DJIRA!
2007
Por Valdir Junior


Ler resenha completaCom o sucesso avassalador do “Acústico” as pressões por mais shows e para um álbum de inéditas foram maiores que a vontades de Nasi, Edgar, Gaspa e André, para a banda tirar umas férias e cada um deles poderem se ocuparem de seus projetos pessoais e também para que tensões internas fossem sanadas com o tempo de recesso. Produzido por Rick Bonadio, o álbum traz boas canções, mas transparece uma banda cansada e tanto quanto estagnada em suas performances. No DVD lançado na mesma época, onde a banda toca todas as músicas do álbum ao vivo no estúdio, fica nítido nas expressões de cada um que “falta pouco para o barril explodir”, o que aconteceria quando os problemas pessoas e financeiros se misturaram logo em seguida. Mesmo assim vale a pena ouvir: "Invisível DJ", "Eu Vou Tentar", "No Universo dos Seus Olhos" e "Feito Gente" regravação de Walter Franco.
IRA! E ULTRAJE A RIGOR - AO VIVO ROCK IN RIOIRA!
2011
Por Valdir Junior


Gravação da participação das duas bandas na terceira edição do festival Rock in Rio em 2001. Aqui o Ira! toca 6 musicas sozinho: "Dias De Luta", "Núcleo Base", "Vida Passageira", "Flores Em Você", "Envelheço Na Cidade", "Teorema" e dividem com o Ultraje a Rigor a faixa "Should I Stay Or Should I Go". Indicado só para os mais completistas.