O quinto álbum solo do gaúcho Frank Jorge foi o grande ponto alto deste ano, e a fórmula foi simples, Frank resgatou a típica sonoridade de sua banca Graforréia Xilarmônica, sem maiores preocupações com inovações. “Histórias Excêntricas...”, o melhor álbum solo do artista, traz Frank atento à produção do disco, cantando e tocando bem, além de suas letras peculiares, repletas de ótimas estórias.

Há tempos venho falando da maravilhosa fase da cantora Gal Costa, iniciada no eletrônico “Recanto” (2011), perpetuada com o ótimo “Estratosférica” (2015), e consolidada com este magnífico “A Pele do Futuro”. Neste álbum Gal flerta com os anos 70, mas passa bem pela sua fase popular do início dos anos 80. O disco traz melodias deliciosas e convidativas, fazendo deste álbum um companheiro inseparável desde que foi lançado em outubro.

Erasmo foi outro cantor que buscou a fórmula de seu novo disco no passado. “Amor é Isso” apresenta uma coleção de belas canções de amor, em alguns momentos filosóficas e em outros mais diretas. Embora mais baladeiro, o disco passeia por pegadas Pop/Rock e Folk, absorvendo, de certa forma, um pouco da pluralidade das muitas parcerias do álbum.

Músico importante do cenário alternativo carioca, Alan James lançou em 2018 o seu primeiro álbum solo. De sonoridade pluralista, mas com ótimas influências que vão dos anos 70 aos 80 em 11 canções que resumem um pouco das suas principais referências musicais, o disco é vintage, mas também agrega toda a experiência do artista acumulada em anos no circuito alternativo carioca.

Embora tenha passado meio despercebido por crítica e público, o último álbum de estúdio do Arnaldo Antunes divide o trabalho entre Rock e Samba, embora não os misture nas canções. O disco traz músicas ótimas que transitam entre o lugar comum da obra do artista e terrenos ainda não explorados como os Sambas de linhagem clássicas que permeiam o trabalho e grudam em sua cabeça rapidamente.