Resenha do Cd Vrum! / Cadillac S.a.

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VRUM!
CADILLAC S.A.
2016

INDEPENDENTE
Por Anderson Nascimento

Surgida no bairro carioca da Tijuca, a banda Cadillac S.A. tem como objetivo fazer de seu Rock um compêndio com diversas texturas musicais que culminem no som plural, porém roqueiro, almejado pela banda há dois anos, enquanto consolidavam a formação atual.

Composto pelo multi-instrumentista Fred Ostritz, o guitarrista Andy Ferreira, o baterista Bernardo Salgueiro, o tecladista Breno Ronchini e o contrabaixista Cesar Castro, o grupo tem trilhado o seu caminho com apresentações em diversas casas, incluindo uma apresentação na Fundição Progresso, no festival WebFestValda 2015.

O som da banda é dinâmico, parecendo flertar com a música negra americana, sobretudo o Folk. Mas o grupo se consagra por ir muito além do Folk tradicional e muitas vezes repetitivo que nos deparamos por aí, principalmente no caso de bandas cuja sonoridade principal é o Southern Rock. “O Velho e o Trem”, faixa que abre o EP é o grande exemplo desse dinamismo e das fronteiras alcançadas pelo Cadillac.

O Rock “Pedro e Sua Bicicleta”, no entanto, é o ponto alto do disco. A faixa é uma conjunção de canção forte, de levada pungente – o instrumental impressiona! -, e ainda traz um coro onipresente e vibrante que é um luxo só.

A ótima e crítica “Cadeado da Cela” conta com duas importantes participações especiais: a de Guilherme Schuab (Suricato) na guitarra, Lap Steel e vocal; e a ilustre presença de Laudir Oliveira (Chicago) na percussão.

A balada “Realejo” é outro momento que joga luz ao talento do grupo, tanto na interpretação do vocalista, quanto no show instrumental oferecido ao longo da canção. “A Festa” encerra o disco capitaneando uma série de ritmos e levadas, como o Folk e o Soul, provando a pluralidade da banda.

“Vrum!” é um dos melhores trabalhos independentes deste ano, pelo menos até aqui neste início de segundo semestre. Se o grupo mantiver essa tenacidade, o primeiro álbum “cheio” do Cadillac S.A. dominará fácil o combalido, mas não morto, cenário roqueiro brasileiro.

Resenha Publicada em 05/07/2016





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