Resenha do Cd The Garden Of Emotions / Eloy Fritsch

THE GARDEN OF EMOTIONS title=

THE GARDEN OF EMOTIONS
ELOY FRITSCH
2010

INDEPENDENTE
Por Anderson Nascimento

Com um misto de emoções e sensações o músico Eloy Fritsch organiza uma espécie de sinfonia dividida em seis partes, chamada apropriadamente de “The Garden of Emotions”, nome que também batiza o álbum. São sons que evocam barulhos de coisas quebrando, um bebê balbuciando algo inteligível e até um coral operístico.

Eloy Fritsch iniciou a sua carreira em 1983, criando o grupo de Rock “Apocaypse” em Caxias do Sul, com qual gravou dez CDs e dois DVDs, mas paralelo a isso o artista possui uma sólida carreira solo, baseada em músicas repletas de sintetizadores, samplers e computadores e teclados eletrônicos, totalizando nove CDs.

Internacionalmente Eloy já abocanhou vários prêmios por sua música, entre eles os Troféus Vasco Prado e Açorianos de Música, o que garantiu sua participação em várias coletâneas de música instrumental no Brasil e no mundo.

Neste nono CD intitulado “The Garden of Emotions”, Eloy dá sequência ao seu trabalho, apresentando suas novas canções, gravadas ao longo dos último quatro anos em seu estúdio. Nesse álbum o músico utiliza o computador e um grande arsenal de sintetizadores analógicos e digitais, ampliando as fronteiras de seu interessante trabalho.

As canções possuem um alinhamento lógico que vai além da já citada suíte inicial do álbum, trazendo um flerte com elementos da natureza e canções que chegam a representar temas de importância como nas canções “Solar Energy”e “Electric Light”.

Algo que chama a atenção é a propriedade com a qual o músico empresta às canções nomes como “Heaven”, um dos momentos mais emocionantes do álbum. Nesse sentido, vale também apontar a arte da capa do álbum como outro destaque. Criada por Edgar Franco, PHP em artes visuais, os desenhos lembram capas de obras setentistas e seguem o padrão de qualidade das capas dos álbuns anteriores do artista.

O CD vai agradar àqueles que curtem música instrumental com variações que acumulam traços de Rock progressivo e de música eletrônica, mas também é uma boa oportunidade de o ouvinte soltar a imaginação e mergulhar nos quatorze temas e viajar em setenta e três minutos de pura emoção.

Resenha Publicada em 03/12/2010





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