Resenha do Cd O Disco Do Ano / Zeca Baleiro

O DISCO DO ANO title=

O DISCO DO ANO
ZECA BALEIRO
2012

SOM LIVRE
Por Anderson Nascimento

Recheado do característico sarcasmo de Zeca Baleiro, “O Disco do Ano” traz o cantor e compositor em ótimo momento, respaldado por doze novas canções, participações especiais e, pasmem, quinze produtores diferentes.

Esse número tão improvável de produtores dá ao álbum uma força que vem da heterogeneidade musical dos arranjos, algo que musicalmente não é inédito na carreira de Zeca Baleiro, já que ele é devidamente reconhecido por misturar vários tipos de sons e estilos ao seu som, mas que aqui consegue dar um toque diferente ao álbum dado o número de cabeças pensantes que dão forma às novas canções do artista.

“Calma Aí, Coração”, que está tocando nas rádios há algum tempo, é uma bela canção composta por Zeca e pelo cantor Hyldon, e abre o disco de forma bastante agradável. A sequência traz a oitentista “O Amor Viajou”, canção que fatalmente acaba lembrando o som que Lulu Santos fazia naquela época.

Já “Nada Além”, uma das grandes faixas do disco, traz Zeca no seu formato mais tradicional, minimalista e apoiado por violões, na canção composta em parceria com o músico Frejat, que a gravou em seu disco solo “Intimidade Entre Estranhos”. “Nu” é outro momento onde existe um alinhamento entre Baleiro e o seu som mais conhecido, aqui flertando com um som que lembra o Tango.

É importante ressaltar que há muitos momentos que superam o bom nesse álbum, um deles está na canção “Zás”, brilhante composição escrita em parceria com o cantor e compositor Wado,e que já figura entre as canções mais bacanas não só do álbum, mas de toda a carreira do cantor.

Quanto às participações especiais, o destaque fica para Chorão (Charlie Brown Jr.), no RAP “O Desejo”, e da cantora Andreia Dias na alternativa “Meu Amigo Enock”. A cantora baiana Margareth Menezes também dá as caras na atraente “Último Post”.

Se o novo álbum de Zeca Baleiro será mesmo o disco do ano, é difícil saber, assim como os acontecimentos previstos na divertida canção “Mamãe no Face”, que encerra o disco , mas ao menos o seu maroto e pretensioso e nome não está tão distante de ser uma previsão, já que Zeca caprichou em um álbum grandioso, com sons que vão agradar a vários gostos distintos.

Resenha Publicada em 08/08/2012





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