Resenha do Cd The Inner Journey / Imagery

THE INNER JOURNEY title=

THE INNER JOURNEY
IMAGERY
2012

INDEPENDENTE
Por Anderson Nascimento

Embora seu som seja fortemente pontuado pelo uso indiscriminado de bateria, baixo e guitarra, o Rock praticado pela banda paranaense Imagery, tem importantes intervenções de instrumentos como teclados, piano e órgão Hammond, o que dá o detalhe especial em algumas de suas canções, como o belo cartão de visitas “Fourth Secret”, canção instrumental regada a boas doses de virtuose instrumental.

A emenda quase imperceptível da faixa que carrega o nome da banda é perfeita, fazendo da primeira faixa uma espécie de prelúdio do Rock quase industrial da faixa que carrega em suas letras sentimentos psíquicos, questionamentos e interiorização.

Da esperançosa “Perception”, dona de um arranjo espetacular, até a o Rock nervoso de “The Rain”, a banda mistura nuances de várias vertentes do Rock, a saber, progressivo, punk e o já citado Rock industrial, caso explícito em “The Rain”.

A conexão entre os oito temas do disco, mais a interligação entre as faixas, acabam sugerindo que o disco tem caráter conceitual. Em “Show Me”, canção mais melancólica do disco, a banda carrega a bandeira de uma espécie de despertar perante o cenário construído ao longo do disco até aqui.

Nas duas últimas faixas temos novamente o Rock pesado imperando, caso de “Stranger”, e em “Last”, algo de progressivo que encerra a epopeia do álbum com oito minutos de virtuose instrumental amparado por questionamentos, dúvidas e confusões entre o que é real e o que é fruto do pensamento. Essa é a temática que pontua todo o álbum, costurando faixas heterogêneas com grande potencial seja fazendo parte de um conceito, ou fora dele.

Formada em 2008 por Joceir Bertoni (vocal/guitarra), Ricardo Fanucchi (baixo) e Luciano Neves (bateria), o IMAGERY nasceu das finadas bandas G.A.F. e Revoult, dois grupos que chegaram a ter expressão na cidade de Londrina, no Paraná, e agora, finalmente chegam ao primeiro álbum, repleto de conceitos e estéticas que reúnem dualidades e paradoxos que fazem parte da humanidade, desde antes da própria humanidade ser chamada assim. Belo trabalho de estreia.

Resenha Publicada em 10/08/2012





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