Resenha do Cd Heliodromus / Sunrunner

HELIODROMUS title=

HELIODROMUS
SUNRUNNER
2015

MINOTAURO RECORDS
Por Anderson Nascimento

Formada em Portland, nos EUA, a banda Sunrunner foge da tradicional formação do Heavy Metal e do Rock Progressivo, contando com apenas 3 integrantes, ou seja, um Power Trio. Quando o som começa a rolar, porém, o que se ouve são riffs bem definidos, aura progressiva e um instrumental impecável, com apenas três músicos e muita disposição para fazer um som cativante e elegante.

A dobradinha que faz a abertura do disco “Dies Natalis Soli Invicti” e “Keepers of The Rite” expõem elementos clássicos do Heavy Metal e do Rock Progressivo, incluindo um interesante arranjo vocal de pinta medieval, momentos instrumentais precisos, e letra certeira.

Embora a banda seja rotulada como Heavy Prog, é tarefa das mais difíceis bater o martelo para a definição de qualquer rótulo para o grupo. “Corax”, por exemplo, faz lembrar os trabalhos mais pesados dos primeiros anos do ELO ainda com Roy Wood. A faixa é uma das melhores de todo o disco.

Já “The Horizon Speaks” é uma importante faixa climática, que se situa dentro do conceito trilhado nesta obra. “Star Messenger” segue a linha Pinkfloydiana, e vai surpreender aquele ouvinte desavisado, que começa a conhecer o grupo através deste trabalho.

A banda tem essa capacidade de pegar o ouvinte de surpresa, evitando soluções óbvias e bebendo de diversas fontes que acabam os ajudando a contar a sua história. “The Plummet” é uma dessas canções que, agora sim, nos fazem bater o martelo, não para o rótulo, mas quanto ao dinamismo do grupo. Aqui, tem-se a sensação de estarmos reunidos em volta de uma fogueira em uma espécie de ritual pagão, que belo momento!

Após “Technology’s Luster”, canção mais acelerada, de pegada Hard Rock, a instrumental “Passage” abre passagem para “Heliodromus”, viagem final que dá nome ao álbum e encerra a sua saga com seus mais de 20 minutos de duração.

Peso, elegância e competência são as palavras que vem à cabeça para designar a banda, uma verdadeira surpresa, principalmente para quem começa a conhecê-la. Independente dos outros dois discos anteriores, é um bom palpite começar por este álbum, uma verdadeira viagem através da vastidão da psique humana, seus ritos e suas crenças.

O grupo desembarca no Brasil em agosto de 2016 para a realização de quatro shows, onde banda pretende encerrar a divulgação do disco.

Resenha Publicada em 15/07/2016





Esta resenha foi lida 2068 vezes.




Busca por Artistas

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z



Outras Resenhas do Artista


Outras Resenhas