Resenha do Cd Rua Dos Amores / Djavan

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RUA DOS AMORES
DJAVAN
2012

UNIVERSAL MUSIC
Por Anderson Nascimento

Em seu 24° álbum, o cantor Djavan preserva o rico instrumental que passeia sobre tons jazzísticos, ao invés da sonoridade mais ritmada, de canções como “Eu Te Devoro”, lançada no distante ano de 1998. Isso fica claro, por exemplo, em canções como a deliciosa “Bangalô”, embora em alguns outros momentos a malemolência tem lugar e consegue reverberar no disco, como pode ser observado na canção “Pecado”. O disco marca o reencontro com sua antiga banda, com quem não trabalhava há 15 anos.

As letras são, em sua maioria, românticas como a abertura “Já Não Somos Dois”, boa canção e destaque imediato do disco. Falando nisso, a sequência é um absurdo de bacana, “Anjo de Vitrô” que, mesmo dentro do conceito instrumental amarrado em que se situa o álbum, a faixa ainda consegue carregar uma cadência interessante, onde as palavras cantadas com uma separação interessante, acabam por ser o destaque da canção, disparada a melhor da nova safra do cantor.

Nesse álbum Djavan mostra que o tempo que dedicou ao seu projeto anterior, “Ária” (2010), onde releu canções de outros artistas, despertou um voraz apetite para sem eu ofício, já que todas as treze novas canções possuem composições e melodias criadas por ele, o que acaba sendo um contraponto com sua obra anterior.

Entre boas letras como a de “Pode Esquecer” e “Triste é o Cara” - faixa que curiosamente lembra trabalhos mais recentes de Chico Buarque de Hollanda -, e canções marcantes como “Ares Sutis”, Djavan entrega aos fãs – e ao público em geral – um bom disco que acaba representando bem o momento atual do artista, célebre dono de sucessos como “Lilás”, “Samurai”, “Açaí” e tantas outras canções que já são patrimônio de nossa música popular brasileira.


Resenha Publicada em 09/10/2012





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