Resenha do Cd Setevidas / Pitty

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SETEVIDAS
PITTY
2014

DECKDISC
Por Rodrigo Paulo

Após uma pausa de cinco anos sem lançar um álbum de músicas inéditas, Pitty nos presenteia com “Setevidas”, revelando uma Pitty cada vez mais madura narrando as experiências que marcam o ser humano, como os processos de transformação, vida e morte. É nítida a percepção de que os acontecimentos dos últimos anos na vida e na banda de uma das maiores representantes do rock nacional da atualidade foram fundamentais para o processo de composição das dez faixas do disco.

O disco surpreende pelo método de gravação onde todos os instrumentos foram gravados ao vivo no estúdio, dando a sensação de estar ouvindo uma banda tocando na garagem de casa, mas com alta qualidade sonora ao ponto de ouvir com riqueza de detalhes cada instrumento, incluindo pianos, percussão, saxofones e efeitos sonoros. Um excelente trabalho do produtor e músico Tim Palmer, conhecido por trabalhos para o U2, Pearl Jam, David Bowie e tantos outros nomes do cenário rock internacional, certeiro ao adicionar efeitos que deram um toque inédito e muito especial ao produto final.

Das dez faixas de “Setevidas”, a faixa título foi uma aposta certeira para ser o primeiro single, pois é um resumo de todas as experiências narradas no disco com instrumental impecável. Além de ter um ótimo videoclipe a faixa já conquistou um lugar na trilha sonora da novela “Geração Brasil”. “Pequena Morte” tem uma letra sensual que lembra músicas da Rita Lee e também deve agradar. O instrumental além de empolgar, casou perfeitamente com a composição de Pitty e Martin. “Boca Aberta” tem uma letra forte e “Lado de Lá” é uma das mais sombrias e envolventes do disco.

“Pouco” faz uma excelente introdução do disco e nos prepara para uma ótima experiência passando pelas faixas já mencionadas e também por “Deixa Ela Entrar”, “Um Leão”, “Olho Calmo”, “A Massa” e terminando com “Serpente”, fechando “Setevidas” com uma mistura muito interessante de soft rock com bases instrumentais e vocais das religiões afro descendentes, tudo muito leve. Algo simples e muito legal, afinal, estamos falando de uma soteropolitana que sabendo fazer uma ótima junção de ritmos soube inovar fechando o disco com uma boa mensagem poética.

“Setevidas” é um dos melhores discos do ano até aqui. Excelente do início ao fim mostra que Pitty sempre faz as escolhas certas. Tanto com o seu repertório de qualidade quanto ao tempo de intervalo entre os seus discos de inéditas. Os fãs até podem sofrer com a espera, mas têm a certeza de que terão em mãos mais um disco que dá vontade de repetir todas as faixas várias vezes. Sucesso garantido e merecedor de nota máxima!

Resenha Publicada em 08/06/2014





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