Resenha do Cd Chasing Yesterday / Noel Gallagher

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CHASING YESTERDAY
NOEL GALLAGHER
2015

UNIVERSAL MUSIC
Por Anderson Nascimento

Seria sintomático o fato de “Riverman”, faixa que abre o segundo disco de Noel Gallagher e seus High Flying Birds, ter praticamente a mesma introdução do grande clássico do Oasis “Wonderwall”? E quanto ao fato de o curioso flerte Beatle, que sempre deu a tônica de sua banda anterior, estar logo nos primeiros versos desta mesma faixa? Especulações de uma agora provável, porém indefinida, volta do Oasis, são apenas alguns dos ingredientes desse novo álbum que escancaradamente mira o passado do artista.

“Chasing Yesterday” é a nova empreitada solo do Gallagher sempre apontado como o mais talentoso entre os irmãos famosos, e apresenta dez faixas, selecionadas a partir de um repertório com mais de 50 novas canções gravadas no lendário estúdio Abbey Road em Londres.

“In The Heat Of The Moment” é a segunda faixa do disco e, já conhecida pelo público desde novembro do ano passado, quando Noel a liberou na rede, se destaca como uma das melhores do disco.

Como já dito, há muitas reminiscências ao longo do disco. A ótima faixa “The Girl With X-Ray Eyes”, por exemplo, lembra “The Masterplan”. Esse link com o passado não é, na verdade, característica somente desse disco, já que por muito tempo o Oasis foi acusado por seus detratores de se repetir, e parece que isso continua muito vívido no trabalho solo de Noel.

Reconhecidamente mais baladeiro, Noel apresenta poucos Rocks ao longo deste novo disco. Mesmo assim, ele nem sempre soa pungente, “Lock All The Doors”, por exemplo, tem boa letra, mas não é lá aquele grande Rock, “The Mexican” é apenas Ok, enquanto “You Know We Can’t Back” consegue empolgar mais o ouvinte.

Apesar de o resultado geral do disco ser bastante positivo e, a título de comparação, melhor que o disco da estreia solo de Noel, algumas faixas também não são um primor de inspiração, casos da dobradinha balada “The Dying of The Light” e de “The Right Stuff”, embora esta última carregue o peso do ineditismo, já que se distingue bastante das canções do repertório tradicional de Noel. A título de curiosidade, vale citar que o autor da canção afirmou ter se inspirado em Stones, Queens of Te Stone Age e T. Rex ao criá-la.

O disco encerra com “Ballad of Te Mighty I”, segundo single do álbum, que ganha a participação do ex-Smiths Johnny Marr. A canção é outra que foi liberada antes do lançamento do álbum, em fevereiro de 2015.

O disco também saiu em outros formatos, e a sua versão deluxe apresenta ainda mais 4 canções, entre elas, “Revolution Song”, música que tem a verve que todo o fã do Oasis espera ouvir. Destaque absoluto dessa nova safra de composições, sua exclusão do repertório standart foi um grande erro.

Enquanto Liam desfez o seu “Beady Eye”, e se encontra “em recesso”, Noel possui ainda muito trabalho pela frente para a divulgação de seu novo disco. Longe de estar quieto, no entanto, Liam vem enchendo de esperança os corações dos fãs com atitudes coma a recente postagem enigmática feita por ele em seu twitter, ao escrever uma única palavra que certamente representa muito para ele e também para os fãs desses irmãos que parecem não se entender nunca: Oasis.

Resenha Publicada em 11/03/2015





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