Resenha do Dvd Blues For Jimi / Gary Moore

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BLUES FOR JIMI
GARY MOORE
2012

ST2 MUSIC
Por Valdir Junior

Desde que ganhou as FM do mundo todo com seu grande sucesso de 1990 “Stills Got the Blues", o som e o estilo do guitarrista irlandês Gary Moore (1952-2011) ficou muito associado ao Blues, mesmo que ele tenha desde a década de 1970 participado com destaque de bandas de Hard Rock como o primeiro Skid Row, o sensacional Thin Lizzy, e Colosseum. Desde então norteou sua carreira muito na direção do Blues, gravando com os grandes mestres como, B.B.King, Albert King, Albert Collins e, em 1996, gravando “Blues For Greeny”, um álbum inteiro com musicas de Peter Green, um de seus maiores heróis da guitarra. Outro grande ídolo de Moore era Jimi Hendrix.

Muito do estilo de Moore tocar vem diretamente da influência que Hendrix tinha sobre ele, é só lembrar a foto de Jimi, ali na parede do quarto do menino, na capa do álbum “Still Got The Blues”, e também escutar “Scars”, álbum que Moore lançou com a banda de mesmo nome em 2002, onde além de trocar nesse disco a sua usual Gibson Les Paul, por uma Fender Stratocaster, os timbres e a “pegada” das músicas são uma declaração de paixão de Moore por Hendrix.

Para celebrar ao mesmo tempo a memória tanto de Hendrix, como a do próprio Gary Moore, foi lançado em CD/DVD o álbum ao vivo “Blues For Jimi”. Gravado em Outubro de 2007, no London Hippodrome, durante a festa de lançamento do DVD “Live at Monterey” de Jimi Hendrix. Para essa apresentação, Gary Moore foi acompanhado por Dave Bronze (baixo) e Darrin Mooney (bateria), e juntos tocaram um seleto set de músicas de Hendrix, com Moore empunhando novamente uma Stratacaster, ele destilou cada nota, cada passagem, timbre e entonação, igual ao que Hendrix fazia ao vivo, sem cair no pastiche, conseguindo colocar ao mesmo tempo um pouco da sua própria “pegada nervosa” sem descaracterizar as músicas.

O ponto alto da noite é quando os lendários Billy Cox (baixo) e Mitch Mitchell (bateria), ambos oriundos da banda de Hendrix, sobem ao palco e, junto de Gary, não deixaram pedra-sobre-pedra tocando clássicos como "Red House", "Stone Free" e "Hey Joe". Um ano depois dessa apresentação, em novembro de 2008, foi a vez de o baterista Mitch Mitchell desencarnar.

Mesmo sendo um show relativamente curto, com menos de uma hora de duração, cada minuto, cada segundo dele vale uma eternidade e se torna uma grande homenagem tardia a esses dois grandes mestres da seis cordas que não mais estão aqui, mas que continuam influenciando músicos pelo mundo afora.

Resenha Publicada em 13/07/2015





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