Resenha do Cd Night Train / Keane

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NIGHT TRAIN
KEANE
2010


Por Anderson Nascimento

“Night Train” é o primeiro EP da banda Keane, mas diferentemente dos EP´s tradicionais, que normalmente trazem quatro músicas, este tem quase o peso de um CD “cheio”, trazendo oito faixas.

É bem verdade que a primeira faixa, “House Lights”, é apenas uma espécie de abertura do disco, com pouco mais de um minuto, mas que funciona como uma bela introdução para “Back in Time”, a grande música desse disco.

Em “Night Train”, a banda capitaneada por “Tom Chaplin”, dá sequência à sonoridade dançante de “Perfect Symmetry”, seu último disco de estúdio, apostando ainda mais em sintetizadores e efeitos de estúdio que tornam o som da banda ainda mais pop.

Esse caminho tem sido trilhado pela banda já há algum tempo, o que tem descaracterizado a banda como uma mera seguidora do estilo que o “Coldplay” tornou famoso no fim dos anos noventa.

Em "Stop For a Minute", primeiro single desse EP, o rapper somali-canadense Knaan junta-se à banda para mais uma bela faixa, com direito à “ôoôs”, que lembram, perdoem me o clichê, o U2. O rapper também aparece em “Looking Back”, uma canção com um curioso riff que lembra a famosa trilha sonora do personagem Rocky Balboa de Sylvester Stalonne.

A faixa "Your Love", também é curiosa por trazer o compositor e pianista Tim Rice-Oxley nos vocais, assim como em “Ishin Denshin”, que traz a cantora japonesa Tigarah dividindo os vocais com Tom Chaplin.

A música que fecha o disquinho é “My Shadow”, única desse novo repertório que chega a lembrar o Keane de “Hopes and Fears”, no estilo baladão marcada por piano e vocais destacados, sempre à frente dos instrumentos.

O álbum foi muito bem recebido pela crítica, atingindo o primeiro lugar na Inglaterra e, pra nossa sorte chegando até o Brasil, coisa difícil em se tratando de EPs ou singles.

Gravado ao longo da turnê de “Perfect Symmetry”, “Night Train” é livre de qualquer amarra de conceitos estáticos de um álbum tradicional, o que mostra a banda divertindo-se através de caminhos já trilhados anteriormente pelo grupo, ou em parceiras, que incluem o rap, e que por tabela, diverte também quem ouve o disco.

Resenha Publicada em 15/07/2010





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