Resenha do Cd As Histórias São Iguais / Relespública

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AS HISTÓRIAS SÃO IGUAIS
RELESPÚBLICA
2003


Por Anderson Nascimento

Quando abri o encarte de cds da revista Mtv do mês novembro levei um susto. Vi que havia uma pequena nota falando do novo disco da banda curitibana Relespública. Afinal esta banda é dona da obrar prima "O circo está armado", um dos maiores discos nacionais dos últimos tempos. Bom, do momento em que fiquei sabendo da notícia do lançamento de "As histórias são iguais", até o dia em que eu ouvi o álbum pela primeira vez foi uma longa espera. Mas cá estou eu para falar do terceiro álbum da banda.

De cara, percebi que o som da banda está bem diferente do álbum anterior. A começar pelo vocal, agora comandado por Fábio Elias. Ah! Esqueci de falar, a banda sofreu duas baixas após a participação no Rock in Rio 3, o vocalista Kako Louis e o tecladista Roger Gor. Talvez estas mudanças, principalmente a falta dos teclados, tenha sido decisiva para o novo som da banda, a Reles agora está muito mais roker.

O disco fala de coisas do dia-a-dia em uma cidade, coisas comuns que acontecem com cada um. As letras são também um atrativo à parte, criando uma atmosfera peculiar de um dia na vida de qualquer um, ou do solitário rapaz da capa.

E o rock'n'roll desfila por toda a obra, hora lembrando punk, hora lembrando o rock setentista e hora lembrando jovem guarda como nas músicas "O Camburão", "Sobre você" e "Nunca Mais", sem dúvida a melhor do disco, bem cantada, um rock emocionante e de arrepiar!

A música "Marcianos" é setentista ao extremo, e junto com "Sobre você", são as únicas baladas do álbum é o típico som bicho-grilo, que nos faz refletir sobre o confuso estilo de vida do ser humano no planeta em que vivemos.

O soul marcante e aguerrido, que no álbum anterior foi representado por "Só sei um soul", desta vez vem personificada pela semi-instrumental "Eu soul", uma porrada vibrante do início até o fim.

A participação do Nasi do Ira! também é um grande destaque do álbum, ele faz as vozes de duas faixas "Boatos de Bar", com a voz carregada no blues como a que ele faz na sua banda paralela "Nasi e os Irmãos do Blues" e na música "A Fumaça é melhor que o ar", canção inédita de Edgar Scandurra cedida à banda.

O álbum fecha com chave-de-ouro com "Essa canção" que destrincha a paixão pela música, que move a mim, aos rapazes da Relepublica e à todos aqueles que se interessam por viver em paz.

É difícil encontrar um álbum que seja tão rock'n'roll e tão emocionante como este, portanto quando o encontramos, devemos compartilhar esta descoberta com todos, por isso compre já!

Resenha Publicada em 03/11/2004





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