Resenha do Cd Saturno / Capital Inicial

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SATURNO
CAPITAL INICIAL
2012

SONY MUSIC
Por Anderson Nascimento

A promissora faixa de abertura “O Bem, o Mal e o Indiferente” aponta para “Saturno”, novo disco do Capital Inicial, um caminho interessante, repleto de instrumentos bem trabalhados e, dessa forma, canções mais redondas, com perceptível intenção não de apenas lançar um novo álbum, mas torná-lo uma importante obra na carreira da banda.

E momentos como o da faixa de abertura vão se seguindo ao longo do disco com um incrível destaque para os arranjos instrumentais, casos de “Água e Vinho”, do semi-blues “O Cristo Redentor” e da singular “A Valsa do Inferno”.

Esses bons momentos se harmonizam também com as boas letras do álbum nas parcerias de Dinho Ouro Preto e Alvin L, que preenchem quase todo o disco. Um grande exemplo disso pode ser percebido na épica “O Lado Escuro da Lua”, primeiro single do disco e uma das melhores músicas dessa nova safra, que novamente agrega arranjos impressionantes.

Já “Saquear Brasília”, canção de grande potencial radiofônico, lembra a faceta punk da banda, e logo remete à primeira fase do grupo. Algo bacana na faixa é a forma como a banda canta o refrão, levando a imaginar a reação do público nas apresentações ao vivo da música na turnê do álbum.

Em termos de baladas, a linha seguida por “Noites em Branco” – outra das melhores canções do álbum - chega a ser mais bacana do que a própria faixa título, a boa “Saturno”, enquanto “Sol Entre Nuvens” foi escolhida para encerrar o disco com chave de ouro.

Mesmo com todo esse refinado trabalho, a banda não abandona a simplicidade característica de seu estilo, em canções como o Rock “Apocalipse Agora”, ou ainda em “Poucas Horas”, faixa que traz um refrão bacana de ser cantado, acompanhado por um coro perfeitamente colocado.

Arrematando o saldo final do disco, não é um erro apontar “Saturno” como o melhor disco de estúdio da banda desde “Rosas e Vinho Tinto”, álbum lançado em 2002. Aqui a banda caprichou em termos de composições, instrumental e interpretação, o que faz desse disco um álbum sem arestas para serem aparadas, tornando-o efetivamente um título realmente relevante dentro da discografia do Capital Inicial.


Resenha Publicada em 07/01/2013





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