Resenha do Cd Presence / Led Zeppelin

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PRESENCE
LED ZEPPELIN
1976

WARNER MUSIC
Por Fabio Cavalcanti

Como escolher os álbuns mais fracos de uma banda como Led Zeppelin? Com uma discografia impecável, é realmente difícil fazer um ranking definitivo. Mas, com muito esforço e dor no coração de muita gente, o álbum "Presence" (1976) acabou ficando marcado como um dos mais fracos. E é claro, por outro lado, bastante injustiçado.

Como todo mundo sabe, o Led Zeppelin passava por problemas na época das gravações do "Presence" (e se você não sabe, procure uma biografia da banda urgentemente!). Talvez isso tenha resultado nas avaliações precipitadas sobre o álbum, até por este ser o trabalho menos variado da banda. Mas em uma discografia em que quase todos os álbuns são variados, já estava na hora de tentar fazer um som mais homogêneo, com uma identidade única. E essa identidade é o mais puro rock 'n' roll, quase totalmente elétrico, como a banda nunca havia experimentado antes!

A faixa de abertura é a épica "Achilles Last Stand", o clássico absoluto do álbum. São 10 minutos de uma estrutura única, quase sem variações, e que, de alguma forma, não soa nada cansativa. É um ótimo heavy metal melódico, pesado e vibrante. Se você quiser montar uma banda de heavy metal algum dia, basta ouvir essa música como material didático, e você estará pronto!

A partir da segunda faixa, a cadenciada "For Your Life", temos o início de uma seção mais "suingada" do álbum, com algumas influências de funk e soul. Isso se confirma nas ótimas "Royal Orleans", "Hots On For Nowhere", e na frenética "Candy Store Rock". Destaque especial para a segunda música mais lembrada do álbum: "Nobody's Fault But Mine", um hard rock pesado, cru e altamente virtuoso. De longe, lembra um pouco algumas músicas do álbum "Led Zeppelin II".

Fechando com chave de ouro, a única balada (blues) do álbum: "Tea For One". Interessante como essa música cria um contraponto perfeito com "Achilles Last Stand", por ter quase o mesmo tempo de duração e o mesmo esquema de poucas variações, mas por outro lado é uma balada lenta e melancólica, no maior estilo "Since I've Been Loving You" (do "Led Zeppelin III"). Uma ótima e criativa forma de fechar essa obra-prima escondida que é o "Presence".

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Publicada originalmente no blog Rock em Análise

Resenha Publicada em 01/03/2013





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