Após dez anos sem lançar um disco de inéditas, David Bowie retornou como se fosse um artista em início de carreira, cheio de criatividade e pique para lançar disco, videoclipes e faixas bônus. Elogiável é perceber que Bowie não lançou apenas um simples disco, mas um álbum que tem relevância para figurar entre os melhores de sua carreira. Apostar na presença desse album na lista de melhores do ano era barbada, porém eu não imaginava que ele apareceria na lista de todos os colaboradores que participaram da nossa votação, incluindo dois primeiros lugares.

Ao longo de 2013 vimos reaparecer vários artistas que não lançavam álbuns de inéditas há tempos. O ex-Beatle Paul McCartney, por exemplo, estava desde 2007 sem lançar um álbum com novas canções. “New” dividiu opiniões, uns encontraram valor no disco por ele apostar na modernidade em sua essência, enquanto outros acharam que Paul acabou abusando dessa modernidade preterindo canções que agradariam fãs mais apegados ao som de mais fácil degustação. A verdade é que Paul, mesmo apostando em uma produção moderna, acabou criando mais uma meia dúzia de grandes canções, para o deleite de todos os que curtem a sua carreira.

Sucesso nas principais listas de melhores do ano já divulgadas, o sexto álbum do QOTSA lançou um de seus melhores álbuns, de acordo com boa parte de seus fãs. A banda é outra que não lançava disco de inéditas desde 2007 e, para esse disco, contou com vários músicos do primeiro escalão do Rock na meticulosa concepção do álbum, o que garantiu o lançamento de um álbum dentro do padrão de excelência sempre requerido por Josh Homme.

Os escoceses do Franz Ferdinand volta e meia são acusados de se repetir, mas verdade é para ser dita não há como não se divertir ao som da banda. Em seu quarto álbum, a banda continua surfando dentro de sua zona de conforto, um pouco de new wave, um pouco do som do início da década passada, algumas poucas experimentações, e então temos mais um novo (e bom) disco da banda.

O quarto álbum dos canadenses era esperado com muita expectativa por fãs e crítica, tendo em vista que o seu antecessor ganhou ares de antológico e épico. Duplo, o disco se divide entre um som mais dançante e um som mais sombrio, e agradou boa parte de seu público, apesar de ser menos direto que o álbum anterior.