Resenha do Cd Heaven Upside Down / Marilyn Mason

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HEAVEN UPSIDE DOWN
MARILYN MASON
2017

LOMA VISTA
Por Anderson Nascimento

Lançado em 20 de setembro, para promover o novo álbum de Marilyn Mason, “Kill4Me”, segundo single do disco, causou um espanto, tamanho o potencial comercial do mesmo, possuindo um refrão marcante e instigante, com sólidas bases que remetem ao rock and roll praticado por Alice Cooper nos anos 1970.

A banda já havia lançado nove dias antes “We Know Where You Fucking Live”, faixa dotada de pegada alternativa, remetendo, e muito, a sua estreia nos anos 1990. A curiosidade em conhecer todo o novo trabalho de Mason estava então pronta para ser satisfeita, quando em 6 de outubro o disco foi liberado para audição nas plataformas digitais.

O décimo álbum de estúdio do artista/banda Marilyn Mason inicia com um instrumental que traz distorções e guitarras nervosas, preenchido com uma alucinante e enigmática contagem. O disco segue com a arrastada “Tattooed In Reverse”, faixa que traz efeitos eletrônicos e até backing vocals ritualísticos e intrigantes. Um início promissor!

No disco há doses cavalares de Rock Industrial em faixas como “We Know Where You Fucking Live”, e bons Rocks alternativos como “Say10” e “Saturnalia”. Mas a grande faixa do disco é mesmo o já citado single “Kill4Me”, dada a sua acessibilidade e o seu refrão tão bizarro quanto irresistível. A faixa tem potencial para puxar o álbum e despertar o interesse do ouvinte pelo disco. Nessa mesma linha está “Je$u$ Cri$i$”, outra canção de refrão fácil, pegada instigante, e muito jogo de palavras em sua composição.

Também agrada muito a semi-balada “Blood Honey” e a faixa título, um Rock básico, sem muita firula, mas de qualidade absurda. O disco encerra muito bem, com “Threats of Romance”, mas o jogo já estava ganho para Marilyn, que escreveu todas as letras do álbum e viu Tyler Bates arrematar todas as arestas do disco em uma produção impecável.

Uma das grandes qualidades de “Heaven Upside Down” é o fato do trabalho ser muito acessível, mesmo para aqueles que não possuem conhecimento mais profundo dentro da discografia do artista.

Tratando bem o Hard Rock, Mason cala aqueles que não acreditavam que o artista, eclipsado há anos, ainda seria capaz de produzir um trabalho de qualidade tão considerável como já o fez no passado. Desta vez temos um disco curto, totalmente cuidadoso quanto aos excessos. Sem exageros, o disco é sério candidato a figurar entre os melhores de 2017, com todo merecimento!

Resenha Publicada em 30/10/2017





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