Resenha do Cd Antônio Marcos Vol.1 (1967-1972) / Antônio Marcos

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ANTÔNIO MARCOS VOL.1 (1967-1972)
ANTÔNIO MARCOS
2015

DISCOBERTAS
Por Anderson Nascimento

Em comemoração aos 70 anos do cantor Antônio Marcos, a gravadora Discobertas presenteia os fãs do cantor com dois valorosos boxes trazendo oito álbuns da discografia oficial do grande cantor da música romântica que iniciou sua carreira durante o período da Jovem Guarda.

Antônio Marcos iniciou a sua carreira musical em programas de calouros, de onde saiu para o rádio e televisão. À frente do grupo “Os Iguais”, gravou o seu primeiro disco pela RCA e, logo depois, partiu em carreira solo alcançando um grande sucesso com a canção “Tenho Um Amor Melhor Que O Seu” (Roberto Carlos). Seu primeiro álbum solo foi lançado em 1969 e, a partir daí, o artista passou a lançar um álbum por ano, fato que ocorreu ininterruptamente até 1978.

Assim, a coleção agora colocada nas lojas pela Discobertas põe no mercado a fase mais produtiva (e de maior sucesso) do cantor que se destaca por uma voz forte e interpretações carregadas de emoção.

O primeiro box , intitulado Vol1. (1967-1972), traz os álbuns do cantor lançados entre 1969 e 1972, reunindo sucessos como “Você Me Pediu e Eu Já Vou Daqui” (Antônio Marcos, Zairo Marinoso), a já citada canção “Tenho Um Amor Melhor Que O Seu” e “Oração de Um Jovem Triste” (Alberto Luiz).

Mesmo lançado no fim dos anos 1960, o seu primeiro álbum, autointitulado, ainda carrega toda a textura das canções da Jovem Guarda, como mostram os Rocks “Tenho Um Amor Melhor que o Seu” e “Vieram Me Dizer” (Claudio Fontana). De seu primeiro álbum ainda merecem destaque canções como “Sou Eu” (Martinha) e “Preciso Encontrar Urgentemente” (Nelson Ned). A reedição presente no box ainda apresenta meia dúzia de faixas bônus, extraídas de três compactos e de um EP lançados entre 1967 (daí vem o período inicial que dá nome ao box) e 1968.

O segundo álbum, lançado no ano seguinte, é o grande disco desse primeiro box. Carregado de melancolia e de interpretações mais intensas como mostram a faixa de abertura “Marcas No Meu Caminho” (Antônio Marcos, Mario Marcos) e também a escancarada “Nunca Mais” (Wilson Miranda, Antônio Marcos), o disco tem petardos de Soul como a ótima “Protesto” (Antônio Marcos, Mario Marcos) e “Eu Sigo Só” (Fábio, Paulo Imperial). Entre as quatro faixas bônus, extraídas de compactos lançados entre 1969 e 1971, destaca-se “Se Eu Pudesse Conversar Com Deus” (Nelson Ned).

O terceiro disco do box, diferentemente dos dois álbuns anteriores, traz um título, que é a sua data de nascimento “08/11/1945”. O disco inicia com a poderosa balada “Seu Rosto E Eu” (Antônio Marcos, Mario Marcos), faixa que chama a atenção pela grande interpretação do cantor. Em sua maior parte o repertório é romântico, mas a funkeada “Look My World” (Totó) mostra que o cantor estava alinhado com o som da época.

“Sempre” (1972), álbum que fecha o primeiro box, também segue a linha romântica e, em canções como “Marcas” (Totó, Peninha) e “You’ll Never Die” (Antônio Marcos, Mario Marcos, Mauro) cabe observar o quanto o cantor cantava melhor a cada novo disco, engrossando a lista de grandes cantores daquele início de década. Está nesse disco também a já citada “Oração de Um Jovem Triste”, um dos grandes sucessos do cantor. O disco traz três faixas bônus que, juntamente às disponíveis nos outros CDs do box totalizam 15, somente neste primeiro volume.

Com todas as informações possíveis sobre cada disco, além de bônus e reprodução de cada capa e contracapa, a discografia de Antônio Marcos pode agora ser apreciada pelos fãs em formato digital. Completa a reedição de sua discografia, o lançamento do segundo volume dessa coleção, o box “Antônio Marcos Vol.2 (1973 à 1976)”, que será resenhado em breve por este site.

Resenha Publicada em 26/03/2015





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