Formada em 2006 pelo músico peruano Juan Anton (guitarra, voz) e Diogo Kampos (guitarra, voz), e mais tarde completada pelos músicos Victor Vieira (bateria), Inti Ernesto (baixo), a banda Laventura colheu alguns bons frutos desde então. Entre os feitos estão a apresentação em locais como o Hangar 110, importante casa paulista, a participação em festivais, e a vez em que chegaram a dividir o palco com os Titãs.

Já no ano seguinte de sua formação, o grupo lançou o autointitulado disco de estreia “Laventura”, mas por conta de compromissos pessoais o grupo passou por um longo hiato que durou sete anos (2009 à 2016). Desde que voltaram, com a mesma formação, diga-se de passagem, a banda entrou em estúdio e gravou este novo trabalho, que traz 12 faixas autorais. Comparando com o disco anterior, a maturidade musical é escancarada, percebe-se o som mais robusto e, principalmente, trilhando um caminho mais bem pavimentado.

Este caminho é a Highway dos grupos que esperam parear com os melhores nomes do nosso Pop/Rock. Há uma forte semelhança com a banda Capital Inicial que, já na abertura, fica evidente em “Passiflora”, faixa de bom refrão, cantarolável, e dona de um belo solo de guitarra no fim.

Há muito do BRock oitentista, mas sem ser unicamente reverente, caso de “Coração Quebrado”, por exemplo, canção com um apelo radiofônico incrível. No passado a banda também já curtiu essa vibe ao chegar até a lembrar a Legião Urbana em canções como “Veneno de Cobra”.

Entre canções mais Pops como “Ágatha” e caóticas como “O Gosto Dela”, o grupo consegue apresentar um ótimo álbum, sempre pautando as diversas emoções que podem ser experimentadas pelo ser humano. Se saindo melhor ainda em faixas mais enérgicas como “Até o Fim”, uma das melhores do disco.

Com opções escassas no caso de grupos calcados no Pop/Rock, aquele palatável, fácil de curtir, sem filtros, a banda Laventura é um nome a ser considerado.