Resenha do Cd ...cauby! Vol.2 / Cauby Peixoto

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...CAUBY! VOL.2
CAUBY PEIXOTO
2012

DISCOBERTAS
Por Anderson Nascimento

O mito que Cauby Peixoto se tornou deve-se, em parte, a algumas das faixas gravadas na fase que esse Box compreende, ou seja, 1979 até 1995. Daí a importância desse segundo Box lançado pela gravadora carioca Discobertas, que celebra os oitenta anos do cantor e seus sessenta anos de carreira.

Algo interessante de se apontar em relação a carreira de Cauby é que o vocal que o caracterizaria (e muitas vezes o satirizaria) se acentua ao longo do período que compreende essa caixa, e toma a forma como conhecemos hoje a sua voz.

Entre os seis discos contidos no segundo volume desses relançamentos, não há como não destacar um dos discos mais importantes da carreira de Cauby. Trata-se de “Cauby! Cauby!”, álbum lançado em 1980, que traz músicas dos principais compositores nacionais da época, feitas especialmente para homenagear o artista.

Estão nesse disco gente como Caetano Veloso, na épica “Cauby! Cauby!”, Jorge Ben com o dueto “Dona Culpa”, Roberto e Erasmo com a romântica (fase motel, com certeza!) “Brigas de Amor” e, como não citar?, Chico Buarque com o arroubo “Bastidores”, canção que seria a segunda “Conceição” da carreira de Cauby Peixoto, e se tornaria obrigatória em sua carreira dali por diante.

Além desse clássico, o Box também inclui outros bons álbuns, caso do disco que deu sequência ao sucesso de “Cauby! Cauby!”, “Estrelas Solitárias”, lançado em 1982. O álbum repete praticamente a fórmula do disco anterior sem, no entanto, repetir o mesmo sucesso. Ainda assim, o disco é até hoje o álbum favorito do cantor. E ele não está errado, dada a qualidade de canções como “Tua Presença”, que abre o disco e permite ao artista exibir uma verdadeira aula de cantoria, ou ainda da bela faixa que dá nome ao disco, composição de Gonzaguinha, que sempre se revelou um grande fã do cantor.

Curioso relatar também a sequência de velhos clássicos regravados por Cauby no disco “Cauby!” (1986), onde mostrando estar em sua mais plena forma vocal, ele relê canções como “Ternura” (Lyrio Panicalli – Amaral Gurgel), sucesso de Francisco Alves, “Por Causa de Você” (Dolores Duran – Antônio Carlos Jobim), sucesso de Dolores, culminando no épico “O Ébrio” (Vicente Celestino), eternizada por seu próprio compositor.

Assim como o primeiro Box, esse volume dois também traz um CD com várias raridades da carreira do cantor, e fecha a seleção de álbuns com o histórico “Canta Sinatra” - primeiro de dois discos dedicados ao cantor americano - lançado em 1995, com duetos igualmente históricos que incluem Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Dionne Warwick, Gal Costa e João Bosco, entre outros.

Tanto o primeiro quanto o segundo Box acabam de entrar para a lista de coleções indispensáveis na discoteca de qualquer amante da música romântica, e da música popular brasileira em geral.

Resenha Publicada em 12/04/2012





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