A boa notícia da vez é que os suecos do Hives estão de volta após cinco anos sem lançar um álbum inteiro de estúdio, e o seu retorno mostra que a banda veio pronta para distribuir ainda mais pancadas roqueiras, não à toa o álbum abre com a quase vinheta “Come On!”, como se convidasse os ouvintes para participar desse arroubo sonoro.

Oriunda da geração de bandas iniciadas pelo artigo “The”, que nos trouxe “The Vines”, “The Strokes”, “The Hellacopters”, entre tantas outras que tomaram o Rock de assalto no início da década passada, a banda continua com a mesma pegada, ou seja, Rock pesado e urgente. Isso pode ser atestado em faixas como “1.000 Answers”, “Patrolline Days” e “These Spectacles Reveal TheNostalgics”, que parecem que estão precedendo o fim do mundo, de tão urgentes que são.

A canção “Go Right Ahead”, primeiro single do disco, por exemplo, carrega os riffs de “Don’t Bring Me Down”, clássico da banda Electric Light Orchestra, tanto que a faixa é também creditada ao líder e mentor da banda inglesa.

Em alguns momentos, porém, temos a banda escapando desse Rock característico, caso de “I Want More”, que carrega outro riff no esquema “já ouvi isso em algum lugar”, onde se têm uma lembrança de estilos que remetem à “The Stooges”. Já em “Wait a Minute”, outra single e grande canção do disco, a banda se destaca em um inédito arranjo vocal que repete incansavelmente o título da música, enquanto “Without The Money” lembra John Lennon na fase “Walls and Bridges”.

Após outros bons momentos como “My Time is Comming”, o disco encerra de forma maravilhosa com a dançante e stoniana “Midnight Shifter”, uma das melhores faixas deste quinto álbum do grupo. O disco ainda traz duas faixas bônus em sua versão deluxe, produzidas por Josh Homme do Queens of the Stone Age. No mais, o disco novo da banda oferece exatamente o que o ouvinte busca em um disco do Hives: Rock para se divertir!