Resenha do Cd Luxúria / Luxúria

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LUXÚRIA
LUXÚRIA
2006


Por Anderson Nascimento

Quando o potente baixo da banda Luxúria dá os primeiros acordes do disco homônimo de estréia, já percebemos que se trata uma mistura de referências criando algo novo em nosso Rock 'n ‘Roll. "Ódio”, primeiro single da banda, traz uma grandiosidade incrível no ponto de vista musical. A banda acertou em cheio ao abrir o álbum com a vocalista Meg Stok se esgoelando e espantando de vez a idéia de que bandas com vocais femininos têm que ter sabor agridoce. No caso do Luxúria, isso é bem diferente, os vocais são potentes e rasgados até mesmo quando a música é mais devagar.

Aliás, dado o cartão de visitas, entendemos que “devagar” é uma palavra pouco requerida para se caracterizar a banda. O disco do Luxúria, banda relativamente nova, mas que porém conta com uma formação já madura e rodada no cenário roqueiro nacional, segue disparando faixa por faixa, sem perder tempo um Rock interessante, autoral e satisfatório.

O instrumental é formado por um Rock bem contemporâneo e acompanhado o tempo todo por letras, interjeições ou gritos da vocalista. Algo bem interessante na banda é que apesar de apresentarem um Rock extremamente contemporâneo, fica difícil compara-la com alguma banda de sucesso da atualidade. Em alguns momentos chegamos a lembrar da Pitty e sua banda, mas bem de longe, principalmente no que diz respeito às letras muito mais adultas.

O disco em geral é agradabilíssimo e vai pegar em cheio os que curtem Rock, principalmente por músicas como “Frankenstein do Subúrbio” que traz um surpreendente arranjo com metais. Outro fator relevante a ser destacado é que mesmo nos momentos mais pop o Luxúria se mostra bastante competente, como é o caso da música “Pés no Chão” e de outro grande destaque do álbum “Suja e Só”.

Balada mesmo, o disco todo só traz uma, “Lama”, com uma interpretação emocionante da vocalista acompanhada por um violão também perfeito.

“Artifício Mágico” encerra tão bem como o disco começou. Dessa vez uma melodia com um misto de presente e passado, alguma coisa entre um impensado encontro entre a banda oitentista “Metrô” e os “Raimundos” do início de carreira.

O primeiro álbum do Luxúria, toca do começo ao fim em qualquer boa festa de Rock'n'Roll, e a banda deve funcionar muito bem ao vivo. Como primeiro disco, posso afirmar que o álbum é uma bela surpresa, mas senti falta de refrões contagiantes, mesmo apesar de algumas músicas serem ainda assim arrebatadoras. Bela estréia.

Resenha Publicada em 01/01/2006





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