Resenha do Cd Long Lost Suitcase / Tom Jones

LONG LOST SUITCASE title=

LONG LOST SUITCASE
TOM JONES
2015

EMI MUSIC
Por Anderson Nascimento

No auge dos seus 75 anos, o cantor Galês Tom Jones chega ao 41º álbum de estúdio de sua carreira esbanjando talento e potência vocal. “Long Lost Suitcase” é o terceiro disco fruto de sua parceria com o produtor Ethan Johns.

Com Ethan, Jones gravou “Praise & Blame” (2010) e “Spirit in The Room” (2015), álbuns que primam pela excelência no desempenho de Jones como cantor, repertório e arranjos, e neste último trabalho o resultado não é diferente, pelo contrário, chega a ser melhor.

No álbum Tom Jones organiza as reminiscências de seu passado, resultando em uma explosão de canções que passeiam pelo Blues, Western, Rock, Pop e Gospel, fazendo do álbum uma deliciosa viagem por alguns dos ritmos mais queridos pelos apreciadores da boa música.

A virilidade na qual Jones defende o Blues “Take My Love (I Want to Give It)”, gravada originalmente por Little Willie John em 1961, é de arrepiar, não à toa a faixa foi escolhida para representar o disco em single lançado em dezembro passado. O Blues, aliás, está bastante presente no disco, como outros momentos muito bacanas como “Everybody Loves a Train”, canção lançada pela banda americana Los Lobos em 1996.

Quase sempre perfeito, o álbum passa por momentos arrebatadores como a sua interpretação Western para “Factory Girl”, canção lançada pelos Stones em “Beggars Banquet” em 1968; relembra Elvis na confessional “Elvis Presley Blues”, canção gravada pela cantora Country Gillian Welch em 2001; ou ainda emociona verdadeiramente como o faz em “He Was a Friend of Mine”.

Vale citar também a explosiva “I Wish You Would”, composição do próprio Tom Jones, que de maneira (a princípio) improvável linka imediatamente a canção à levada roqueira dos Doors, além da parceria de Jones com a cantora irlandesa Imelda May em “Honey, Honey”.

Tido como um dos maiores cantores ainda em atividade, discograficamente Jones vive um dos seus melhores momentos desde que revitalizou a sua obra com o ótimo “Reload” (1999), onde deixou para traz o cover pelo cover, colocando muito mais paixão e sua própria impressão digital em cada nova gravação.

Resenha Publicada em 11/08/2016





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