Resenha do Cd Chamada De Ação / Sexto Grau

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CHAMADA DE AÇÃO
SEXTO GRAU
2013

INDEPENDENTE
Por Anderson Nascimento

Criada em São Paulo em 2008, a banda “Sexto Grau” é uma banda do Pop/Rock formada por Marcos Bohrer (vocal e guitarra), Dias (guitarra), Louis (baixo) e Massa (bateria), músicos que desfrutam da perfeita harmonia de seus instrumentos em conjunção com as boas letras da banda.

Talvez o fato de os integrantes da banda possuírem influências diversas, que vão da MPB ao Rock Internacional, faça com que o álbum “Chamada de Ação” seja tão completo. Com nítida força roqueira, que exige muito de cada um de seus instrumentos, com menção heroica para o baixo e guitarra, a banda exibe um Rock urgente, panfletário e muito honesto. Ecos do Br-Rock dos anos oitenta são ouvidos ao longo de boa parte do CD, embora outros momentos, como “Sonhos”, faixa que abre o álbum, pareçam apontar para um som híbrido que possivelmente é o resultado das distintas influências dos membros da banda.

“Chamada de Ação”, que forma junto com “Fragmentos de Utopia” um dos melhores momentos do álbum, lembra fortemente o som feito nos últimos trabalhos dos Engenheiros do Hawaii, enquanto “Sou Rock”, lembra Camisa de Vênus, ou ainda, Celso Blues Boy, e “Sobreviventes do Caos”, canção com ares de Brasília em 1986, o que faz o som da banda ser palatável e atraente, principalmente para aqueles que viveram os 80’s.

As referências sonoras, no entanto, ficam pra trás quando entra em ação a criatividade do grupo, que leva a banda a outros patamares, modernos e únicos. “Novos Rumos” é uma dessas canções, dotada de um instrumental brilhante, a faixa aponta os caminhos aos quais a banda parece querer seguir.

Entre outros grandes momentos, “Alienada”, música que ganhou um belo videoclipe, é uma pérola. A faixa espreme cada um dos elementos que o manual prático do Rock sugere, resultando em um suprassumo direto e certeiro. Já “Ás Vezes”, única balada do disco, consegue aliar peso e beleza, o que faz com que o ouvinte viaje através de sua letra, de fácil absorção, e de seu delicioso solo de guitarra.

Com nome baseado na “Teoria dos Seis Graus de Separação”, criada na década de 1960 pelo psicólogo americano Stanley Milgram, que diz que apenas seis pessoas separam um indivíduo de qualquer outro no mundo, a banda parece cada vez mais aproximar os ouvintes ao ótimo som feito pelo grupo, que defende uma sonoridade roqueira e letras que procuram engajar ou fazer o ouvinte embarcar em seu forte discurso político e humanista.

Resenha Publicada em 17/03/2014





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