Resenha do Cd Só Morto / Jards Macalé

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SÓ MORTO
JARDS MACALÉ
1970

DISCOBERTAS
Por Anderson Nascimento

Celebrando os setenta anos de Jards Macalé, o selo carioca Discobertas acaba de colocar nas lojas “Só Morto”, CD que reúne o seu primeiro disco “Só Morto!” – originalmente um compacto co quatro faixas -, acrescido de generosas dez faixas bônus, contendo faixas gravadas ao vivo entre os anos de 1970 e 1973.

O lançamento por si só já se justifica pelo fato de trazer o importante e raro primeiro disco que levou o nome de Macalé antes mesmo de ele ser contratado pela Phillips para gravar os seus dois primeiros álbuns solo. Mas as faixas ao vivo mostram a sua importante fase inicial, com as gravações de alguns de seus clássicos, casos de “Gothan City” (que aparece aqui em duas versões, sendo a primeira no Festival Internacional da Canção em 1969), feita com Capinan, e “Rua Real Grandeza”, feita em parceria com Waly Salomão.

No compacto original “Soluços” abre os trabalhos exibindo letra e instrumental de incrível acidez, enquanto “Só Morto (Burnig Night)” reflete o poder de sua canção em um vocal rascante e desesperado em uma faixa inesquecível. Essa canção também aparece entre as faixas ao vivo em uma versão ainda mais cortante e inflamada.

Ao longo do compacto Jards é acompanhado do Grupo Soma (composto por Ricardo Peixoto, Jaime Shields, Bruce Henry e Alírio Lima), incluindo também as participações de Naná Vasconcelos na percussão, e Zé Rodrix no piano e órgão.

Com setenta anos de vida e uma carreira recém-homenageada nos cinemas, e que já se aproxima dos cinquenta anos, este disco não só homenageia o cantor, músico, produtor e compositor Jards Macalé, como também presenteia seus fãs, colecionadores e toda a sorte de pesquisadores e historiadores da música popular brasileira.

Resenha Publicada em 16/04/2013





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