Resenha do Cd Direct Hits / Killers, The

DIRECT HITS title=

DIRECT HITS
KILLERS, THE
2013

UNIVERSAL MUSIC
Por Anderson Nascimento

Buscando elementos que justifique o lançamento de uma coletânea atualmente, chegamos a algumas hipóteses interessantes para se discutir. A primeira se escora no fato de a coletânea possibilitar enfileirar os maiores hits de um artista em (na maioria dos casos) apenas um álbum, evitando a fadiga do ouvinte em preparar a sua própria play-list a partir de seus discos. A segunda hipótese aponta para a possibilidade de comemorar uma data redonda, dentro de uma discografia que envolva ao menos uma boa quantidade de álbuns já lançados. Uma terceira hipótese seria a de a gravadora faturar algum cascalho a mais, em cima de faixas já gravadas e lançadas anteriormente.

Analisando essas hipóteses, sob o ponto de vista específico de “Direct Hits”, coletânea de sucessos do The Killers, no caso da primeira hipótese, temos sim aqui uma série de hits da banda enfileirados, muito embora nem todas as faixas sejam tão “Hits” assim, até porque essa coletânea se sustenta na curta discografia da banda, que conta com apenas quatro discos de estúdio. A segunda hipótese é a que parece mais justificável, já que a banda estampa na capa do disco 2003 – 2013, ou seja, este disco vem para comemorar os dez anos de banda. O caso da terceira hipótese também se sustenta, já que os fãs comprarão esse disco pelas duas inéditas que “Direct Hits” traz, como chamariz para fisgar os fãs do grupo.

Interessante ouvir ao longo desse disco o quanto o grupo mudou suas características musicais, diferenças que podem ser percebidas mais fortemente entre os discos “Hot Fuss” (2004) e “Sam’s Town” (2006), enquanto no primeiro há um uso mais intenso de sintetizadores, o segundo já dá mais ênfase na guitarra. A sequência mostra a banda chegando ao auge da música dançante com “Day & Age” (2008) e, por fim, chegando ao último álbum de estúdio, o mediano “Battle Born” (2012).

Para compor o track list do disco, cada um dos álbuns cede três faixas para a coletânea, com a exceção de “Hot Fuss” que aparece com quatro faixas. Completam o disco as duas inéditas “Shot At The Night” e “Just Another Girl”. Em se tratando das inéditas, as canções não possuem nada de surpreendente. Temos duas canções apenas agradáveis, e que acabam seguindo a linha do próprio “Battle Born”, incluindo o arranjo vocal a lá Queen, na faixa “Shot At The Night”.

Bem diferente da proposta da primeira coletânea do grupo “Sawdust” (2007), que compilava lados B, raridades e remixes, “Direct Hits” é recomendável apenas para quem quiser ingressar na obra da banda de Las Vegas. Para os colecionadores do grupo, a dica fica para a versão deluxe que agrega ao repertório mais três faixas, sendo “Be Still” do “Battle Born”, uma versão demo de “Mr. Brightside” e uma versão remix de “When You Were Young”, além de um DVD com um documentário inédito sobre a banda.

Resenha Publicada em 27/01/2014





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