Por Anderson Nascimento
O primeiro registro ao vivo em show elétrico da banda Capital Inicial, que foi gravado para lançamento em CD e DVD pela Multishow, aconteceu sobre circunstâncias bastante favoráveis. No aniversário de Brasília, e para um público de mais de um milhão de pessoas, que obviamente não estavam lá somente para ver a banda Dinho, o Capital aproveitou a bola em cima da linha e chutou para o gol. Mérito para a banda que acabou fazendo um golaço!
Não que este disco venha mudar alguma coisa no cenário musical, mas para a banda os reflexos desse lançamento certamente serão bem proveitosos.
Como já falei em outras resenhas, não curto discos ao vivo, mas nesse caso, o lançamento acaba sendo importante para a banda juntar seus hits recentes em um mesmo álbum, o que é certamente melhor que lançar uma coletânea.
Falando nisso, o Capital acaba consolidando a teoria de que hoje estão melhores do que quando surgiram, na primeira metade dos anos 80, ou seja, uma espécie de Aerosmith tupiniquim. Daí o disco ser calcado em sucessos recentes como “Mais”, “Como devia estar”, “Não olhe para trás”, “Olhos vermelhos” e etc... E o interessante é que nessas faixas, a resposta do público é tão (ou mais) vigorosa quanto quando eles tocam as músicas antigas. Ouça “Eu nunca disse adeus”, e você concordará comigo.
Com o jogo já ganho de goleada, o Capital ainda presenteia o público com “Que país é esse?” (em Brasília, poderia haver lugar mais apropriado?) e “Mulher de Fases”, que levou a galera à loucura.
Acho que justiça tem que ser feita, com esse disco (CD/DVD) o Capital Inicial provou que pode fazer um belo show para entreter não só os seus fãs, mas também àqueles que curtem um bom espetáculo.