Resenha do Cd Beijo Estranho / Vanguart

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BEIJO ESTRANHO
VANGUART
2017

DECKDISC
Por Anderson Nascimento

Quando a banda mato-grossense Vanguart ficou nacionalmente conhecida, ao lançar o álbum “Vanguart” (2007), o grupo foi logo associado à onda de Southern Rock que embalou o mundo na época. Hoje, o grupo parece vibrar em uma frequência bem diferente.

“Beijo Estranho”, quarto álbum do grupo, foi lançado na primeira parte de 2017, quatro anos após “Muito Mais Que Amor”, e apresenta influências explícitas da música brasileira dos anos 1970.

A faixa título, que abre o disco, mostra uma banda musicalmente muito madura, com acento MPBístico que recupera a sonoridade da música mineira comanda pelo Clube da Esquina, com Helio Flanders em um desempenho vocal impressionante.

Nessa mesma linha, a banda apresenta “E o Meu Peito Mais Aberto Que o Mar da Bahia”, faixa repleta de sensibilidade, e a melhor canção deste disco, “Homem-Deus”, faixa arranjada por Wagner Tiso onde a música brasileira da década de 1970 ecoa forte.

As texturas mais antigas que ajudaram a definir o som da banda, ainda estão presentes, ainda que menor número, como comprova músicas como a boa “Quando Eu Cheguei Na Cidade” e o Rock “Quente é o Medo”.

Entre batidas Pops como “Todas as Cores”, e outros bons momentos do disco como “Eu Preciso de Você” e “Casa Vazia”, tem-se como resultado um disco consistente e redondo, fruto do amadurecimento da banda e da bela produção de Rafael Ramos.

“Beijo Estranho” é um dos melhores discos de 2017, pelo menos até agora, e leva a banda a outro patamar, mais acessível e mais Pop, o que permite que o grupo possa atingir mais pessoas, além de chamar a atenção de quem não se interessava pelo som essencialmente Folk do grupo.

Resenha Publicada em 24/07/2017





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