Resenha do Cd Guinu / Pedro Guinu

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GUINU
PEDRO GUINU
2017

INDEPENDENTE
Por Anderson Nascimento

Pianista, tecladista, cantor e compositor, Pedro Guinu começou cedo a carreira, tocando em pequenos bares em Minas Gerais. Após apaixonar-se pelo Jazz e pela música instrumental, Pedro passou uma temporada nos Estados Unidos, onde aprimorou a sua vocação, estudando em Mississipi, raiz do Jazz e do Blues.

Em novembro de 2017, Pedro finalmente chegou ao seu primeiro trabalho solo e autoral, o álbum batizado simplesmente de “Guinu”, trazendo oito canções ensolaradas e primorosamente bem arranjadas.

E o disco não poderia começar melhor, “Quero Ver” traz uma pegada que remete ao grande Guilherme Arantes. Aliás, o disco tem muita pegada oitentista, como comprovam canções como “Dez Para as Quatro”, faixa que parece ter saído de algum lugar secreto direto dos anos 80; e “Cheiro de Lira”, que muito me fez lembrar de algumas canções infelizmente pouco conhecidas da dupla Sá e Guarabyra nos anos 80s.

Assim como Pedro manda bem nos vocais, instrumentalmente o disco é impecável. A julgar por faixas como a suingada “A Noite Melhora”, em que destaca-se o sax conduzido por Breno Hirata, ou ainda “Calado”, canção suave adornada pelo lindo solo de Trombone de João Machala.

Falando em suingue, a instrumental “Boca de Sino” traz um groove moderno e contagiante. Assim como na carioquíssima “Salgueiro”, faixa que traz a participação especial de Donatinho, filho do mestre João Donato, para comandar os sintetizadores, teclados, além de partilhar também a sua voz.

O disco encerra com outro momento instrumental, a deliciosa “Sonho de Valsa”, canção com mais de seis minutos de grandes performances, com destaque para o baixo, a bateria e teclados.

Gravado com os músicos Danilo Guinu (Bateria), Filipe Moreno (Baixo), Giuliano Fernandes (Guitarra), Breno Hirata (Sax e Flauta) e João Machala (Trombone), e com a mixagem de Tércio Marques, o disco “Guinu” passeia por diversas texturas como Soul Music, Jazz, Pop, sempre respeitando o fio condutor MPBístico.

Embora lançado em novembro de 2017, o álbum continua vívido e oportuno, principalmente para quem quer conhecer o trabalho de Pedro Guinu e, de quebra, ouvir MPB de qualidade com um leve toque Pop e de Jazz.

Para quem gostar do som, recomendo também o fabuloso single “Live at Ivy Hall”, com duas canções. Ambos os discos estão disponíveis no Spotify.

Resenha Publicada em 06/02/2019





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