Resenha do Cd Sol Invictus / Faith No More

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SOL INVICTUS
FAITH NO MORE
2015

GOLFETTI
Por Anderson Nascimento

Um dos lançamentos mais aguardados do ano enfim chega às prateleiras físicas e virtuais. “Sol Invictus” é o sétimo disco do Faith No More, e um de seus maiores atrativos é, sem dúvida, a curiosidade em saber o que a banda tem para mostrar após o longo hiato de dezoito anos desde o lançamento de “Album of The Year” (1997).

Desde a tensa batida da faixa título, que abre o disco, até a solar “From The Dead”, que o encerra, o álbum se mostra coeso como nunca e faz valer a longa espera dos fãs por esse lançamento. Produzido pelo baixista Bill Gould e gravado no estúdio da banda, o Koolarrow, com alguns vocais de Mike Patton registrados no Vulcan Studios, também na Califórnia, o disco conta com a formação que inclui Mike Patton (vocal), Bill Gould (baixo), Mike Bordin (bateria), Roddy Bottum (teclado) e Jon Hudson (guitarra), mesma formação do último álbum de estúdio do grupo.

Desde os tempos mais remotos do grupo, o “Faith No More” sempre se mostrou um grupo à frente do seu tempo. No novo disco há momentos que apontam escancaradamente para o passado, como no caso da segunda faixa do álbum “Superhero”, a melhor canção do disco e escolha óbvia para o segundo single do álbum. Mesmo apontando para o passado, o grupo consegue insinuar nuances mais modernas, embora nada que já não tenha sido feito na década passada por grupos influenciados pelo próprio Faith No More.

O disco se sustenta bem através de boas canções espalhadas ao longo do disco, caso da cativante “Sunny Side Up”, e da pesada e urgente “Separation Anxiety”. No entanto, entre as melhores canções do disco, estão faixas já conhecidas pelo público, caso de “Motherfucker” (primeiro single do álbum), espécie de balada ácida de ritmo quase industrial, e de “Matador”, ambas tocadas pela banda em apresentações ao vivo antes do lançamento do álbum.

Apesar de a coesão ser uma característica marcante do álbum, há flertes com outras levadas do próprio Rock, como no caso da linha gótica de “Cone of Shame”, ou ainda a (acredite) Pop-Rock “Rise of Fall”.

Se você espera ouvir um disco de Rock, sem esperar algo extremamente ambicioso, esse disco vai te deixar satisfeito, principalmente em tempos onde as bandas que fazem Rock de verdade estão encontrando cada vez dificuldade em achar um lugar ao sol.

Resenha Publicada em 02/06/2015





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