Desde que Bob Dylan começou a trilhar seu caminho musical no início da década de 1960, tanto sua história quanto seu trabalho sempre estiveram envoltos em um misto de segredo, mistério, lenda, e também qual seria o “verdadeiro” significado por trás das suas canções. Como uma mítica esfinge, que há mais de 50 anos nos fita, que mais nos confunde do que se explica, e com isso nos devora com nossas próprias perguntas e inquietações, a vida e a obra de Robert Allen Zimmerman está aberta (à revelia do mesmo) para ser decifrada.

Para ajudar um pouco nessa “busca ao santo graal” da obra de Bob Dylan, o jornalista inglês Nigel Williamsom escreveu “O Guia do Bob Dylan”, lançado em 2009 pela série Rough Guides da Penguim Books e lançado aqui no Brasil em 2011 pela Editora Aleph. Nigel já escreveu para Times, Tribune, Uncut, Billboard, e nesse livro sobre Dylan nos apresenta de forma bem clara e de forma direta os principais aspectos dessa “mitologia”.

Dividido em quatro capítulos (Vida; A Música; Os Filmes; Dylanologia) e formatado na forma de um almanaque, encontramos a biografia detalhada, com uma série de referências e curiosidades: as 50 músicas essenciais, a discografia completa (até 2009 e uma pequena falha, já que não aparece aqui o Vo.3 dos Traveling Wilburys, banda que Dylan participa), regravações, filmes, livros e os principais sites que ajudam a ir mais fundo na história.

Muito bem escrito esse livro é recheado de informações valiosíssimas e devido a pouca oferta de livros sobre Dylan no Brasil, é com certeza uma referência para aqueles que estão começando agora a escutar “O Bardo de Minnesota” e também para os velhos e aficionados fãs. Imprescindível na estante daqueles que querem entender a música e o Rock do século XX e, por que não, do século XXI.