Resenha do Cd Kaleidoscope / Coldplay

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KALEIDOSCOPE
COLDPLAY
2017

SONY MUSIC
Por Anderson Nascimento

O Coldplay lançou em julho no formato digital o seu novo EP “Kaleidoscope”, décimo terceiro de sua carreira, apresentando cinco novas canções que incluem parcerias com Big Sean e The Chainsmokers.

A banda leva a sério o papel dos EPs em sua discografia e, algumas vezes, utiliza o formato para incluir canções que ficaram de fora de seus álbuns. Isso ocorreu, por exemplo, com o álbum “Pospekt’s March”, lançado em 2008, que trazia sobras do “Viva La Vida”, lançado no mesmo ano.

Neste novo EP, a ideia é a mesma, ou seja, lançar canções e ideias que não vingaram no álbum anterior “A Head Full of Dreams” (2015), ainda que tardiamente. Pelo menos essa foi a ideia inicial apresentada por Chris Martin quando anunciou à imprensa o lançamento do EP no fim do ano passado.

Talvez seguindo a linha do que o líder da banda entregou inicialmente, este novo trabalho não vai muito além de uma sonoridade que a banda vem insistindo há algum tempo, ou seja, uma espécie de canção pop-eletrônica que já deu sinais de pasteurização.

No caso da faixa de abertura “All I Can Think About Is You”, por exemplo, a banda apresenta um projeto de boa canção, com potencial de se destacar entre seus hits mais recentes, mas o seu arranjo traz a voz de Chris Martin borrada e afogada em meio ao pop-eletrônico já citado aqui. Embora haja um crescimento da canção ao longo de sua reprodução, ela fica no meio do caminho como uma faixa apenas mediana.

“Miracles”, que agrega a participação do rapper americano Big Sean, é canção de boa melodia e letra meio lugar-comum, cortada ao meio pelo Rap do convidado, então se você gosta desse tipo de mistura, talvez goste dessa faixa.

Enquando “Aliens” segue a gasta fórmula da faixa de abertura, o hit “Something Just Like This” dá um UP no álbum, com uma versão remix gravada ao vivo em Tóquio, trazendo a participação do “The Chainsmokers”. A mesma canção já havia aparecido em versão gravada em estúdio no álbum do duo eletrônico “Memories... Do Not Open”, lançado em abril.

“Hypnotised” fecha bem o EP, mas infelizmente nos traz a sensação de que já ouvimos essa música em algum lugar do último álbum de estúdio.

Resumindo, o novo EP não é ruim, mas também não oferece qualquer pista sobre o que a banda pode fazer a seguir, nem mesmo traz qualquer avanço em termos de obra discográfica.

Se você é um colecionador da banda, fique atento, porque, assim como “Prospekt’s March”, o novo single também ganhará versões em LP e CD em agosto.

Resenha Publicada em 27/07/2017





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