Resenha do Cd Cosmotron / Skank

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COSMOTRON
SKANK
2003

SONY MUSIC
Por Anderson Nascimento

Quando nos deparamos com a arte da capa do novo álbum do Skank, já percebemos do que se trata, um álbum com muitas influências retrógradas, principalmente dos anos 60. Quando olhamos a contracapa porém, percebemos que a banda está, nesse álbum, antenada ao New British Rock, a julgar pela pose a lá Oasis. Aliás não dá para falar em Oasis sem citar a primeira faixa do disco "Supernova" (alguém aí lembra desta palavra em algum disco a não ser "What's the story morning glory", do Oasis?), a música lembra muito outra música do próprio Oasis "Do you know what i mean?" com guitarras fortes e envolventes.

E o disco do Skank é isso, um misto de rock inglês antigo e contemporâneo, que apresenta-nos uma sonoridade super agradável, recheada de coros, guitarras psicodélicas e canções que grudam logo na primeira audição. Na música "As Noites", percebemos que as guitarras bebem na fonte do saudoso George Harrison. Falando em Beatles, o quarteto é referênciado em vários momentos como em "Por um Triz" quase saída do "Álbum Branco", e imediatamente após, na já clássica, "Dois Rios", assinada também por Nando Reis e Lô Borges, que nos faz imaginar um passeio dos Beatles, Skank e Pink Floyd nos parques britânicos.

Logo depois o som expira modernismo em "Nômade", uma faixa singular nesta obra. "Vou deixar" é hit certeiro, batida meio jovem guarda que com certeza vai agitar muita festa por aí, é uma das melhores do disco. "Formato Mínimo" é a mais lentinha do álbum e lembra um pouco a fase solo de John Lennon. O disco prossegue em outro bom momento com a música "Resta um pouco mais", violões, guitarras psicodélicas, até chegar na mais pesada, "Os Ofendidos", que mostra o lado hard da voz Samuel, essa música surpreende novamente ao trazer um Skank nunca visto antes. "É tarde" lembra demais "Balada de um amor inabalável", e nos prepara para outra grande canção, "Um Segundo", logo após a obra encerra com chave de ouro com a música "Sambatron" , batida envolvente e ritmo frenético, trazendo ainda referências à emepebê setentista, "Laia ladaia sabadana ave maria".

A mudança no som do Skank, começou de forma singela com Siderado, encorpou-se com Maquinarama e aterrisou de vez com o mais novo clássico da música brasileira. Em um momento de tão pouca criatividade na música, é gratificante ver uma banda conceber um álbum tão bom. Quem não gostava do estilo do Skank precisa dar nova chance aos mineiros.

Resenha Publicada em 10/08/2003





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