K1996
Por Valdir Junior
Trazendo ecos inesperados do flower-power e psicodelia dos final dos 60s em pleno levante do Britpop, o primeiro álbum do Kula Shaker com a deliciosa mistura de misticismo oriental, mantras, letras em sânscrito com o Rock and Roll e alta doses de Pop fez o álbum chegar ao primeiro lugar nas parada inglesa logo que lançado, conquistando tanto crÍtica como o público. O álbum traz um caleidoscópio de sons e cores onde vocais meticulosamente pensados, cheios de harmonia que se aliam a texturas de guitarra pesadas, teclados bachianos e a poderosa percussão, tudo isso tendo como espinha dorsal das canções a música indiana com seus mantras, cítaras, tamburas e tablas. Destaque para “Hey Dude”, “Knight On The Town”, “Govinda”, “Into The Deep”, “Tattva”,” Grateful When Youre Dead / Jerry Was There”, “303” e “ Start All Over”.
PEASANTS, PIGS & ASTRONAUTS1999
Por Valdir Junior
No seu segundo álbum o Kula Shaker acrescenta um pouco do som progressivo do Yes e Pink Floyd na sua fórmula musical, fazendo desse quase que um álbum conceitual. O baixo astral causado por vários problemas atrasaram o término do álbum que praticamente foi regravado do zero até chegar a sua forma final. Boa parte do disco foi gravado no Astoria Studios de David Gilmour e produzido por um trinca de super produtores, Bob Ezrin, George Drakoulias e Rick Rubin, que conseguiram dar uma boa unidade ao álbum. Apesar do bom resultado musical o álbum não foi bem nas paradas, o que acelerou um crise na banda e no final de 1999 ela anunciava seu fim. Destaque para as faixas: "Great Hosannah", "Sound of Drums", "Radhe Radhe" e "Shower Your Love", um a música que poderia ter sido feita por uma improvável parceria de John Lennon e George Harrison em suas fases mais místicas.
KOLLECTED: THE BEST OF2002
Por Valdir Junior
Como o fim da banda parecia definitivo, já que seus membros estavam bem envolvidos em outros projetos, Crispim com o seu Power trio The Jeevas, Alonza com o Johnny Marr and the Healers, o tecladista Jay Darlington tocando com o Oasis, e o baterista Paul Winter-Hart com a banda Thirteen:13, a gravadora Columbia soltou essa coletânea com os principais sucessos dos dois primeiro álbuns do Kula Shaker como "Start All Over", "303", "Sound of Drums", "Shower Your Love" e "Mystical Machine Gun", e mais algumas faixas só lançadas em singles. Destaque para as duas faixas covers, a excepcional e furiosa “Hush” da fase inicial do Deep Purple e "Ballad of a Thin Man" de Bob Dylan. Atualmente fora de catálogo, essa coletânea tem um alto valor devido a inclusão aqui da faixa "Ballad of a Thin Man.
STRANGEFOLK2007
Por Valdir Junior
Depois de sete anos o Kula Shaker volta com um novo integrante, o tecladista Harry Broadbent para o que seria apenas uma série de shows, mas que acabam revitalizado a banda e resultou em novas gravações e um terceiro álbum. “Strangefolk” deixa de lado o ingrediente prog do segundo disco e aposta em canções com mais pop rock, com um pouco menos de climas indianos e explorando mais a música celta e o folk . O álbum mostra uma banda mais concisa e madura musicalmente, o que reflete diretamente na qualidade das canções. Destaque para as faixas "Out on the Highway, Die for Love", "Second Sight", "Great Dictator (Of the Free World)" e "Song of Love / Narayana".
PILGRIMS PROGRESS2010
Por Valdir Junior
O quarto álbum do Kula Shaker dá continuidade ao processo musical do álbum anterior apostando numa sonoridade mais folk rock com algumas pitadas de vaudeville, deixando bem subliminar a sonoridade indiana dos discos iniciais. As letras também se enveredam mais para temas ligados ao folclore europeu e também a crônicas atuais da vida cotidiana, cantadas como se fossem por menestréis contemporâneos. Produzido por Crispim e Alonza, o álbum teve uma boa recepção dos críticos, mas não foi muito bem nas paradas, o que deve ter influído em muito a banda dar uma parada ao final da pequena tour desse álbum. Destaque para "Modern Blues", "Figure It Out", "Barbara Ella" e "Peter Pan R.I.P".
K2.02016
Por Valdir Junior
Ler resenha completaSeis anos depois o Kula Shaker retorna com a intenção de voltar às suas origens musicais em um álbum com mais guitarras e uma predominância maior da música indiana, sem deixar de lado o folk e o psicodelismo dos álbuns anteriores. Mostrando seu amadurecimento musical em composições fortes, que podem até não possuírem o frescor do rock psicodélico revigorado de “K”, mas convencem e se sustentam em sua vontade de continuar a produzir uma música de ótima qualidade. Destaque para “Infinite Sun”, Holly Flame”, “Here come my Demons” e “Get Right Get Ready, Death of Democracy”, “33 Crows”, “Oh Mary” e “Mountain Lifter”.