BARÃO VERMELHO1982
Por Rafael Correa
O primeiro álbum do Barão, ainda que não tenha apresentado, à época de seu lançamento, bons números de vendagem e uma recepção 100% da crítica, pode ser visto, hoje, como um disco dotado de um “quê” de poesia. Canções como “Down em Mim”, “Rock n Geral” e “Todo Amor que Houver Nessa Vida” comprovam essa premissa, que evidencia a banda em estado bruto. É melhor de muitos álbuns da banda lançados posteriormente e que alcançaram melhores resultados de venda. Enfim, eis um primeiro passo essencial.
BARAO VERMELHO1983
Por Rafael Correa
“Barão Vermelho 2” apostou na fórmula do disco de estréia e propiciou a construção de um cenário similar ao registro anterior. A notoriedade de “Pro Dia Nascer Feliz”, que posteriormente se tornaria uma das marcas registradas da banda, representa o pilar fundamental deste disco, que contou pela primeira vez com as contribuições de Peninha para a percussão.
MAIOR ABANDONADO1984
Por Rafael Correa
“Maior Abandonado” é uma espécie de divisor de águas na carreira do Barão. Recheado de canções inteligentes e fundamentais, acompanhadas de uma sonoridade singularmente marcante, o disco apresenta diversas canções interessantes, como “Por que a Gente é Assim?”, “Baby Suporte”, “Bete Balanço”, além da faixa título. Este também é um álbum especial por ser o último com a formação original da banda. Após o lançamento do álbum e uma série de shows, Cazuza decide deixar a banda para alçar vôo sozinho.
DECLARE GUERRA1986
Por Rafael Correa
Após a saída de Cazuza, diversos atrasos e desentendimentos marcaram a produção do novo trabalho do Barão. Com Frejat assumindo os vocais, “Declare Guerra!” é o último registro da banda pela gravadora Som Livre, o que, ainda que indiretamente, representa uma espécie de encerramento de um ciclo na carreira e história da banda. Certamente, a atmosfera e potência vistas nos primeiros trabalhos não são vistos neste disco, mesmo que apresente excelentes faixas, como “Torre de Babel” e “Bumerangue Blues”;
ROCK N GERAL1987
Por Rafael Correa
A trilha seguida pelo Barão, após a saída de Cazuza, ainda não era ornada por flores quando do lançamento de “Rock n Geral”. Ainda que o disco tenha possibilitado uma participação mais ativa dos membros da banda nas composições, auxiliando Frejat, “Rock n Geral” foi tão mal recebido (de modo injustificado) quanto seu antecessor.
CARNAVAL1988
Por Rafael Correa
Em termos comerciais, “Carnaval” foi o mais promissor, se comparado com os dois álbuns anteriores sem Cazuza. A canção “Pense e Dance” tornou-se um dos temas de uma novela de televisão, o que ajudou a impulsionar o álbum (que, quase em sua totalidade, misturava letras românticas com o peso do rock) a estourar nas rádios.
BARÃO AO VIVO1989
Por Rafael Correa
O Barão sempre foi conhecido pela sua capacidade sobre o palco. Desde a época de Cazuza, e mesmo depois de sua partida, a banda foi protagonista de inúmeras apresentações memoráveis e de confusões homéricas. Este disco de 1989, apesar de trazer muito do então “material recente” do grupo, também evidencia clássicos, proporcionando ao ouvinte a sensação e energia do Barão on stage.
NA CALADA DA NOITE1990
Por Rafael Correa
“Na Calada da Noite” foi uma espécie de ressurgimento da banda. Com a saída de Dé e todas as baixas perspectivas, o Barão foi capaz de se firmar novamente no cenário rock nacional com canções como “O Poeta está Vivo” e “Tão Longe de Tudo”, faixas que até hoje são vistas em seus shows.
ROCK IN RIO1992
Por Rafael Correa
O festival Rock in Rio representou um momento importante para a cultura e, até mesmo, para os rumos adotados na política brasileira. Foi nele, também, que o Barão atingia seu ponto mais alto, representando com sucesso o melhor do rock tupiniquim. Há pouco, a gravadora Som Livre relançou esse show do Barão em CD & DVD, mas mencionaremos esse formato “original” pela sua importância na discografia da banda. É rock n roll em estado bruto.
SUPERMERCADOS DA VIDA1992
Por Rafael Correa
Sopesando certos aspectos, é possível perceber que os anos 90 representaram uma espécie de “gás” para o Barão. Com “Supermercados da Vida” o grupo conseguiu mesclar o clichê amoroso/acústico (como o visto em “Flores do Mal”) com a pegada forte do rock n’ roll (“Fúria e Folia” é um bom exemplo disso). Junto à isso, claro, percebe-se a inteligência das letras de Frejat e suas parcerias com Ezequiel Neves e outros.
CARNE CRUA1994
Por Rafael Correa
Ler resenha completaAno de copa do mundo, eleições presidenciais e “Carne Crua”. Esse é um bom meio para lembrar como foi o ano de 1994 no Brasil. Ao ouvir este álbum, é possível que o ouvinte dê alguns passos para trás, até os anos oitenta, sem, no entanto, perder o vigor daquela sonoridade percebida no Barão “pós-Cazuza”. “Carne Crua” apresenta excelentes canções, como “Guarde Essa Canção”, “Sem Dó”, “Rock do Vapor” e “O Inferno é Aqui”, que misturam peso, poesia e novos elementos ao som da banda.
ÁLBUM1996
Por Rafael Correa
Acompanhando o passo do disco anterior, “Álbum” foi mais rentável comercialmente, ainda que não tenha a mesma qualidade que “Carne Crua”. Todavia, canções fundamentais ali estão, como “Vem Quente que Estou Fervendo”, “Amor, Meu Grande Amor”, “Malandragem dá um Tempo”, entre outras, das quais se destaca “Índio”, canção originalmente composta por Caetano Veloso.
PURO ÊXTASE1998
Por Rafael Correa
A linha comercial vista no registro anterior (principalmente com “Vem Quente que Estou Fervendo”) se faz presente neste álbum de 1998, e a faixa título é prova disso. Se pensarmos friamente, levando-se em conta discos como “Supermercados da Vida” e “Carne Crua”, podemos concluir que “Puro Êxtase” significa alguns passos para trás na obra do Barão Vermelho. Destaques para “Por Você” e “No Topo do Mundo”.
BALADA MTV1999
Por Rafael Correa
Este disco reapresenta alguns sucessos do Barão em um formato próximo ao acústico, que conseguiu uma vendagem relevante e auxiliou a projetar ainda mais a banda no cenário nacional. Destaques merecidos para as versões de “Quando o Sol bater na Janela do Seu Quarto” e “O Tempo Não Pára”.
PEDRA, FLOR E ESPINHO2002
Por Rafael Correa
Coletânea com as melhores canções do Barão, na opinião de quem as escolheu. Abrangendo músicas da primeira fase da banda até algumas faixas compostas nos anos 90, como ocorre quando quase todas as coletâneas, muitas canções interessantes (como as melhores dos discos “Supermercados da Vida” e “Carne Crua”) acabaram por ficar de fora.
BARÃO VERMELHO2004
Por Rafael Correa
Ler resenha completaApós um breve hiato, o Barão Vermelho retornou ao estúdio para gravar seu segundo álbum homônimo, que resgatou um pouco mais da sonoridade pesada do grupo, desviado do viés comercial adotado nos dois discos anteriores de inéditas. “Cuidado”, “A Chave da Porta da Frente” e “Cigarro Aceso no Braço” (ainda que um tanto clichê, mas inteligente) podem ser indicadas como as “canções pilares” do álbum.
MTV AO VIVO2005
Por Rafael Correa
Juntamente com o registro do Rock in Rio em 1985, “MTV ao Vivo” pode ser considerado o melhor disco da banda em tal formato. Em dois discos o ouvinte pode trafegar por diversos momentos e fases do grupo, desde a “era” Cazuza até a sonoridade dos anos 90. Destaque para o emocionante dueto de Frejat e Cazuza em “Codinome Beija Flor”.
BARÃO VERMELHO (30 ANOS)2012
Por Anderson Nascimento
Ler resenha completaEdição comemorativa dos 30 anos de lançamento do disco de estreia do Barão Vermelho. O disco foi remasterizado pelos pelos quatro membros originais do Barão (Frejat, Guto Goffi, Maurício Barros e Dé Palmeira), e inclui a música "Sorte e Azar", música inacabada da banda, que a banda retrabalhou os instrumentos, usando a voz original do Cazuza. A canção foi incluída na trilha sonora da novela global "Salve Jorge", o que fez o Barão voltar as paradas de sucesso. Além de "Sorte e Azar", o disco traz mais duas bônus: "Nós" e "Por Aí".
VIVA2019
Por Fabio Cavalcanti
Ler resenha completaPrimeiro álbum da banda com Rodrigo Suricato nos vocais. Embora os membros fundadores Guto Goffi (bateria) e Maurício Barros (teclado) se divertam em seus instrumentos, nota-se que o cantor Suricato nunca parece muito bem encaixado no conjunto, especialmente pelo fato de os melhores momentos aqui serem de uma atitude rocker que não é sua praia. Ainda assim, “Viva” é um álbum necessário, seja pelo som acessível e feliz, pela superioridade a alguns dos discos lançados com o Frejat, ou por trazer vida a uma banda que estava afundada em naftalina.