Resenha do Cd Vertical Man / Ringo Starr

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VERTICAL MAN
RINGO STARR
1998


Por Anderson Nascimento

Em 1992 Ringo Starr voltava ao disco, após quase dez anos, com o álbum “Times Takes Time”, um disco básico, mas que foi muito bem recebido pela crítica. Seis anos depois, Ringo conseguiu se superar lançando “Vertical Man”, seu décimo primeiro álbum de estúdio, um trabalho que até hoje é muito bem lembrado por seus fãs, e que, além disso, possui grande importância em sua carreira solo, por ser responsável por impulsionar Ringo para uma sequência de bons lançamentos, sejam de discos ao vivo ou de estúdio, fazendo com que a década seguinte fosse de muito trabalho, shows e lançamentos de discos com boa regularidade.

A importância de “Vertical Man” para a sua carreira vai além disso, pois nesse disco Ringo iniciava a parceria com o produtor Mark Hudson e sua banda, “The Roundheads”, que duraria anos, até se desentenderem em 2008, durante a gravação do disco “Liverpool 8” em 2008, onde o próprio produtor também ajudou Ringo em algumas composições e nas apresentações realizadas pelo baterista para a divulgação de seu disco.

Ainda nesse álbum, Ringo recupera a idéia de trazer convidados para tocarem em seus discos, como o fez em toda carreira, só que nesse disco estas participações foram ainda mais marcantes, contando com um estrelar (trocadilho inevitável) elenco formado por Paul McCartney, George Harrison, Steven Tyler, Ozzy Osbourne, Alanis Morrisete, Brian Wilson, Tom Petty, Joe Walsh, Scott Weiland, além de outros.

As canções são muito bem elaboradas, utilizando todos os recursos de seu novo amigo e produtor Mark Hudson, o que torna o álbum cheio de efeitos e belas criações que deixam as músicas mais encorpadas, mas que, por outro lado, afastam o disco de uma maior proximidade com o Rock and Roll básico, salvo exceções como “I´ll Be Fine Anywhere” e “Puppet”.

Entre os muitos destaques desse álbum, está a faixa título “Vertical Man”, que traz bela participação de Ozzy Osbourne nos vocais, uma canção de letra e melodia tensas. Já a canção “La de da”, single do disco, e que ganhou inclusive um vídeo clipe bacana, tem tudo a ver com Ringo Starr, é daquelas canções festeiras, positivistas, de refrão tão fácil que a tarefa de não sair cantando-a torna-se impossível.

Já a canção “What in The...World”, traz a participação de Paul McCartney no baixo e nos backing vocals, e é também uma dos destaques do disco. Assim com a nova versão de “Love Me Do”, dos Beatles, que ganha aqui uma roupagem a lá Ringo Starr e uma bela gaita tocada por Steven Tyler do Aerosmith. E já que estamos falando em Beatles, a balada “King of Broken Hearts”, ganha o reforço de uma slide-guitar de ninguém menos que George Harrison em sua bela melodia

Um dos momentos mais interessantes do álbum é a regravação de “Drift Away”, canção já gravada dezenas de vezes por inúmeros artistas, e que aqui ganha vocais solos de Alanis Morissete e Tom Petty. Existe uma versão alternativa com o vocal solo também de Steven Tyler do Aerosmith, que acabou sendo limado da versão final.

“Vertical Man”, hoje com mais de dez anos desde o seu lançamento, acabou se tornando um disco especial na carreira de Ringo, figurando entre os melhores álbuns do baterista, e trazendo de volta ao fã a lembrança de uma década que foi toda especial para os beatlemaníacos do mundo todo.

Resenha Publicada em 08/06/2010





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