Discografia Comentada - Blues Etílicos

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BLUES ETÍLICOS

Rio de Janeiro - Brasil
Desde: 1985
Site oficial: http://www.bluesetilicos.com.br/

Descrição do Artista
Mais popular banda de blues brasileira, recordista em público nos shows e em vendagens de CDs no segmento, a banda comemorou 25 anos de carreira em 2010. O Blues Etílicos já lançou vários CDs, e abriu shows para B. B. King, Buddy Guy, Robert Cray, Sugar Blue, Ike Turner, Magic Slim e muitas outras atrações internacionais. A empatia do grupo com o público deve-se à originalidade de compor tanto em inglês quanto português. O vocalista norte americano Greg Wilson confere autenticidade e sotaque correto às canções em inglês. Os solistas de gaita e guitarra, Flávio Guimarães e Otávio Rocha, se destacam nos solos, acompanhados pela cozinha coesa e cheia de swing de Pedro Strasser, na bateria, e Cláudio Bedran, no baixo.

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Álbuns
    BLUES ETÍLICOS
    1987
    Por Valdir Junior




    Após chamar muita atenção no circuito underground da cidade do Rio de Janeiro e consolidar sua formação (Flávio Guimarães: Gaita e Voz; Claudio Bedran: baixo; Otavio Rocha: guitarra e voz; o americano Greg Wilson: guitarra e voz; Gil Eduardo: bateria), o Blues Etílicos grava e lança de forma independente em 1987 o seu primeiro disco homônimo. Composto de músicas autorais com letras em português e inglês e regravações de clássicos dos blues, todas com uma pegada que se tornaria uma das características do som da banda (guitarras bem timbradas, slides matadores; vocais fortes, uma cozinha de baixo/bateria com muito groove e muito bem azeitada e uma gaita de arrepiar a alma ). Destaque para: “Safra 63”, “Estudo em Vermelho”, “Dust My Broom”, “Back Track” e “You’ve Got to Love Her with a Feeling”.

    ÁGUA MINERAL
    1989
    Por Valdir Junior




    Com contrato assinado com uma grande gravadora (Eldorado), e com uma maior exposição nos festivais de Blues que começaram a ocorrer na época, a banda grava um de seus melhores trabalhos. Usando o mesmo padrão do disco de estreia (músicas autorais em português/inglês e covers de blues), o Blues Etílicos não deixa “pedra-sobre-pedra” da primeira a ultima música do álbum. Do riff avassalador de slide guitar e gaita da instrumental “Funky Blues”, passando pelas acústicas “Driftin Blues” e “Kansas City” (ambas com a participação do bluesmen André Christovam no violão e voz), a apoteótica “Monas Blues”, até a malandragem carioca de “Vou Pegá Ma Beibe” cheia de links de guitarra, temos Blues brasileiro da maior qualidade com um pouquinho de Rock. Esse disco deveria vir com um aviso: “This Record Should Be Played Loud” ( algo como: “Esse Disco Dever Ser Ouvido no Último Volume”).

    SAN – HO – ZAY
    1990
    Por Valdir Junior




    Segundo disco gravado pela Eldorado e o de maior vendagem de todos no estilo até hoje (35000 cópias vendidas na época). “San-Ho-Zay” é um álbum mais maduro, com temas instrumentais mais fortes (e onde a gaita de Flavio Guimarães dá um show a parte). Aqui pela primeira vez não é gravada nenhum música em português e os vocais das músicas são todos de Greg Wilson. O som em geral se aproxima muito do Blues de Chicago (Muddy Waters, Buddy Guy, entre outros). Destaque para: “Boogie Pro Lao”, “Juker”, “My Babe Shes Gonna Leave Me”, de Roy Buchanan e “IF I Had Possession Over Judgement Day” de Robert Johnson.

    BLUES ETÍLICOS IV
    1991
    Por Valdir Junior




    Com esse álbum o Blues Etílicos expande um pouco mais a sonoridade da banda com o uso de piano e órgão Hammond (tocado por Jorjão Barreto) em algumas faixas e também a participação de outros letristas de fora da banda para dividir o crédito das músicas (Bernardo Vilhena, Agostinho Carvalho e Márcia Carvalho), gravam também uma musica inédita de Frejat / Gutto Goffi e Cachimbo (“3° Wisky”). Uma das músicas do álbum que tocaram muito nas rádios na época foi “Hard Times” que conta com a participação de Ed Motta nos vocais. O álbum segue o padrão dos discos anteriores com um destaque para a guitarra slide de Otavio e os vocais ficam divididos entre Greg e Flavio. Pontos altos do disco: “Louco da Cidade”, “Shame,Shame,Shame” de Jimmy Reed e “Na Beira da Madrugada”.

    SALAMANDRA
    1994
    Por Anderson Nascimento




    Lançado pelo selo Natasha e produzido por Tom Swift, americano que já havia participado de gravações de gente como Miles Davis, Rolling Stones e Eric Clapton entre outros, traz a perfeita interação da banda com o produtor, conseguindo com isso captar de forma única o som do Blues Etílicos. Gravado ao vivo no estúdio sem overdubs e efeitos desnecessários, com a única preocupação de registrar em fita o feeling dos instrumentos e da voz, juntos sangrando num único corpo sonoro. Ed Motta volta a participar na faixa “People Get Ready”. Este foi o último álbum gravado com Gil Eduardo na bateria. Destaque para a ótima versão de “Death Letter” de Son House, “Real Good Woman”, “Gamblers”, “I Shouldn’t Cry For You” e a belíssima versão instrumental de “Come On In My Kitchen” de Robert Johnson .

    DENTE DE OURO
    1996
    Por Valdir Junior




    Produzido pela própria banda e o primeiro com o novo baterista Pedro Strasser, “Dente de Ouro” traz como novidade um flerte maior com os ritmos brasileiros por conta do berimbau, atabaque e congas utilizados na faixa titulo, um pouco de mambo em “Mambo Chutney” e do Jazz em “Williams Influence”. Faixas acústicas também são encontradas aqui como “Liberdade”, feita usando um poema de Fernando Pessoa, e “Canceriano Sem Lar” de Raul Seixas, tocadas com um peso e intensidade que não deixam nada a dever as faixas elétricas. As guitarras de Greg e Otavio em perfeito entrosamento, aliadas o gaita de Flavio, desembocam em pequenas jam sessions de deixar o ouvinte extasiado. Destaques: “Its My Soul”, “Elefante”, “Águas Barrentas” e a fabulosa “Misty Moutain”.

    THE BEST OF BLUES ETÍLICOS
    1998
    Por Valdir Junior




    Primeira coletânea da banda, traz um apanhado dos discos gravados a partir do álbum “Água Mineral” de 1989, ficando de fora faixas do primeiro disco homônimo.

    ÁGUAS BARRENTAS - AO VIVO
    2001
    Por Valdir Junior




    O primeiro álbum ao vivo da banda, gravado em setembro de 2000 no Sesc Pompéia, São Paulo. Era o álbum que faltava na discografia do Blues Etílicos, aqui mostram toda sua energia em cima do palco, tocando suas músicas mais significativas e ainda mais três faixas inéditas: "Luz De Maluco", "Na Pele" e "Camelo". Este álbum ao vivo pode ser considerado para o Blues Etílicos o que o “Live At Fillmore East” de 1971 foi para a The Allman Brothers Band. A versão de “Vou Pega Ma Beibe” é um dos ponto altos do álbum.

    COR DO UNIVERSO
    2003
    Por Valdir Junior




    Lançado em bancas de jornal, encartado à uma revista da banda e contando com a participação revigorante de Vasco Faé (da banda de blues paulistana “Irmandade do Blues”) nos vocais, gravam um álbum quase que totalmente com letras em português (a única faixa em inglês é “Just A Little Bit” do baterista Pedro Strasser) e sem nenhum cover, só musicas autorais. Destaque para: “Quero Você”, “A Cor do Universo”, “A Gosma” e “Forrocito”.

    VIVA MUDDY WATERS
    2007
    Por Valdir Junior




    Gravado em homenagem explicita ao bluesmen Muddy Waters, com músicas escolhidas a dedo dentro do repertorio de Muddy, o Blues Etílicos gravam mais uma vez o álbum ao vivo no estúdio, privilegiando os primeiros takes das músicas e procurando serem o mais honesto e crus e poderosos possíveis com o “cânone” do mestre. Os vocais novamente são divididos entre Flavio e Greg e o CD tem a participação de André Christovam tocando violão na faixa “Shes Nineteen Years Old”. Destaque para “Walking Blues”, “I Want To Be Loved” e “I Cant Be Satisfied”.

    BLUES ETÍLICOS AO VIVO NO BOLSHOI CLUB
    2012
    Por Valdir Junior




    Primeiro DVD da banda “Ao Vivo no Bolshoi Pub”, gravado ao vivo em 2009 numa apresentação no Bolshoi Pub em Goiânia em comemoração aos 25 anos de carreira, com um repertorio bem próximo ao CD “Águas Barrentas – Ao Vivo” de 2001.

    O MELHOR DO BLUES ETÍLICOS
    2012
    Por Valdir Junior




    Uma nova coletânea, agora cobrindo o período que vem de 1996 até 2007 dos álbuns “Dente de Ouro” até “Viva Muddy Waters” (apesar de que faixa “Whats On Your Mind” do álbum “San-Ho-Zay” de 1990 também apareça aqui e na outra coletânea “The Best Of” de 1998 e que agora está fora de catalogo). Ideal para aqueles que querem conhecer melhor o trabalho da banda.

    PURO MALTE
    2013
    Por Valdir Junior




    Primeiro álbum de inéditas em 10 anos, aqui pela primeiríssima vez o Blues Etílicos gravam um álbum todo em português, musicalmente não há nada de novo e isso não é coisa que deprecie o CD, pelo contrário, a banda está muito entrosada e praticamente funciona como se fosse um só organismo. Todos os vocais foram feitos por Greg, o que deixa Flavio (apesar de ser um ótimo vocalista) com o foco todo na gaita. Como a banda agora tem uma marca de cerveja artesanal, o universo das bebidas etílicas é ressaltado na faixa título. Duas excelentes regravações fazem parte desse CD: “Espelho Cristalino” de Alceu Valença, o que já era um blues nordestino, aqui é elevado e eletrificado a 10ª potencia (ao vivo essa musica é arrebatadora, dado o arranjo e a vibe da banda), e “Cotidiano n° 2” de Toquinho e Vinicius. Destaque também para “Joko Loco”, ”Trem de Prata” e “Cracatoa”.

    30 ANOS AO VIVO
    2015
    Por Valdir Junior

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    Disco que comemora os 30 anos do grupo, gravado ao vivo em setembro de 2014 no Sesc Santo Amaro, São Paulo. Com sonoridade mais concisa, menos pesada e mais direta, a banda surpreende ao resgatar “Safra 63” do seu primeiro álbum “Blues Etílicos” (1987), “Forrocito” e “Tiro de Largada” do quase obscuro “A Cor do Universo” (2003). Ainda há a estreia de duas inéditas: “Solidão do Bois” e “Tributo a Freddie King”. Surpreende também a inclusão de duas músicas de um projeto paralelo de Greg, Otavio e Pedro, o Macabu, são elas “Let it Rain” e a fantástica “Easy Rider de Bicicleta”, duas faixas eletrizantes e cheias de mojo.



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